Simplesmente Irani: narrativas de uma mulher afro-indígena
DOI:
https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2022.v7.n21.p492-507Palabras clave:
Memórias; Afro-indígena; Narrativa autobiográfica.Resumen
O presente ensaio traz as memórias e (re)descobertas de uma mulher afro-indígena a partir do seu ingresso na universidade pública tendo como desdobramento a produção audiovisual de sua narrativa autobiográfica, o curta-metragem intitulado Simplesmente Irani. Além de descrever sua própria história a partir de suas vivências e quebrar estereótipos socialmente impostos, o curta-metragem produzido oportuniza a aplicabilidade das leis nº 10.639/03 e 11.645/08 que alteram a Lei nº 9.394/96 cujos parágrafos estabelecem as Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nos currículos oficiais da maior parte da Educação Básica brasileira, onde as temáticas “História e Cultura Afro-Brasileira Africana e Indígena” deverão ser ministradas durante todo o ano letivo.
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