Ressignificando memórias: quando a (auto)biografia anuncia a luta pela vida

Authors

DOI:

https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.22.v7.n20.p38-51

Keywords:

Histórias de vida, Memória, Liberdade

Abstract

What can be learnt and experienced from the resignification of memories by those who had their lives directly and indirectly affected by the prison system? This is the question that drives this article whose objective is: to discuss about the (auto)biography, experiences lived from the resignification of memories by those who have their life directly and indirectly affected by the prison system, a place in which one of my brothers passed through and died at the end of the 1990s. In this context, we consider that the short trajectory of someone (my brother) is merged with my memories and, in this way, the I and the We are merged in my (auto)biography. In order to make the investigation viable and in order to answer the proposed question, we will make use of bibliographic sources, for example, on Foucault (2004; 2014); Davis (2020); Bauman (2021) and Passeggi, Abrahão and Delory-Momberger (2012) discussing and elaborating our interpretive analyzes about the narratives of the Self and the We. The results indicate that experiences can be multiple and formative, both individually and collectively since life stories can be continually reinterpreted.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Rose Fernandes Souza, Instituto Federal Catarinense- Campus Camboriú

Mestranda em Educação (linha de pesquisa: Processos Formativos e Políticas Educacionais) no Instituto Federal Catarinense, campus Camboriú. Graduada em Processos Gerenciais pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina ( IFSC) - Gaspar. Membro do Laboratório Bakhtiniano de estudos do discurso, das expressões artísticas e da educação, vinculado à Universidade Federal da Fronteira Sul- Campus Chapecó. Membro do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI), campus Gaspar. É Servidora Pública Federal desde maio de 2015, ocupante do cargo de Assistente de Alunos. Atuou como Coordenadora Pedagógica no campus de Itajaí de fevereiro de 2018 a julho de 2021. Possui formação Técnica em Administração na mesma Instituição, onde atuou como bolsista por seis (6) meses no Projeto de Extensão: Web Rádio IFSC, uma proposta educativa para difundir ciência, tecnologia, inovação e cultura e, por um ano , no Projeto de Extensão: Nas ondas do conhecimento, desafios e estratégias para consolidação de uma prática educomunicativa.

Alexandre Vanzuita, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense

Possui Licenciatura em Educação Física pela Universidade do Planalto Catarinense - UNIPLAC (2004). Graduado em Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Norte do Paraná - UNOPAR (2019). Mestre em Educação pela Universidade do Planalto Catarinense - UNIPLAC (2007). Doutor em Educação pela Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI (2016). Pós-doutor em Educação pela Universidade Federal do Paraná - UFPR (2018). Exerceu a função de Tesoureiro Estadual do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte (CBCE) em Santa Catarina (Gestão 2009-2011; 2013-2015; 2018-2020). Desenvolve a função de Tesoureiro Estadual do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte (CBCE) em Santa Catarina (Gestão 2021-2023). Atuou como Coordenador de Gestão de Área no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID/IFC - CAPES (2014-2016). Desempenhou a função de Coordenador Institucional no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID/IFC e no Programa de Fomento à Formação de Professores da Educação Básica (ProF Licenciatura) - CAPES (2018-2020). Atua como Coordenador Institucional no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID/IFC - CAPES (2020-2022). Faz parte do quadro permanente do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação (PPGE) - Mestrado Acadêmico em Educação do IFC. Exerce a função de Coordenador Adjunto do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação (PPGE) (2019-2021 e 2021-2023). Atua como Professor de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, Classe D IV 2, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense (IFC) - Campus Camboriú. Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: formação de professores, identidade(s) profissional(is), inserção profissional, produção da pesquisa, mestiçagem.

References

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. 1. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2021.

BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre a literatura e história da cultura. Obras escolhidas vol. 1. Editora Brasiliense, 1987a.

BENJAMIN, Walter. Rua de mão única. Obras escolhidas vol. 2. São Paulo: Editora Brasiliense, 1987b.

BHABHA, Homi K. O local da cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998.

BRASIL. Ministério da Justiça. Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias. Brasília, DF: Ministério da Justiça, 2021. Disponível em: https://www.gov.br/depen/pt-br/servicos/sisdepen. Acesso em 24 jan. 2022.
DAVIS, Angela. Estarão as prisões obsoletas? 7.ed. Rio de Janeiro: Difel, 2020.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. 42. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.

FOUCAULT, Michel. Ética, sexualidade e política. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004.


FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

HAN, Byung-Chul. Sociedade do cansaço. [Tradução] Enio Paulo Giachini. 2. ed. ampl. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2017.

HUGO. Victor. Os miseráveis: texto integral. [Tradução] Regina Célia de Oliveira. São Paulo: Martin Claret, 2014.

JORGE, Seu. YUKA, Marcelo. CAPELLETTE, Wilson. A Carne. 1998. [Intérprete]: Elza Soares. Disponível em: https://www.letras.mus.br/elza-soares/281242/. Acesso em: 10 fev. 2022.

LEZAMA LIMA, José. A expressão americana. São Paulo: Brasiliense, 1988.

PASSEGGI, Maria da Conceição; ABRAHÃO, Maria Helena Menna Barreto; DELORY- MOMBERGER, Christine. Reabrir o passado, inventar o devir: a inenarrável condição biográfica do ser. IN: PASSEGGI, Maria da Conceição, ABRAHÃO, Maria Helena Menna Barreto. Dimensões epistemológicas e metodológicas da pesquisa (auto)biográfica. Natal: EDUFRN; Porto Alegre: EDIPUCRS; Salvador: EDUNEB,
2012. (Tomo II).

PERES, Lúcia Maria Vaz. A escrita da memória autobiográfica… pra que te quero? IN: SOUZA, Elizeu Clementino de, GALLEGO, Rita de Cássia (orgs.). Espaços tempos e gerações: perspectivas (auto)biográficas. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010.

SERRES, Michel. O terceiro instruído. Tradução: Serafim Ferreira. Portugal: Instituto Piaget, 1993.

STEPHANOU, Maria. Labirintos de existências narradas: memórias familiares escritas em álbuns de bebê. IN: SOUZA, Elizeu Clementino de, GALLEGO, Rita de Cássia (orgs.). Espaços tempos e gerações: perspectivas (auto)biográficas. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010.

Published

2022-05-14

How to Cite

SOUZA, R. F. .; VANZUITA, A. . Ressignificando memórias: quando a (auto)biografia anuncia a luta pela vida. Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica, [S. l.], v. 7, n. 20, p. 38–51, 2022. DOI: 10.31892/rbpab2525-426X.22.v7.n20.p38-51. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/rbpab/article/view/13697. Acesso em: 30 jun. 2024.