A tessitura dos ateliês biográficos: olhares entrecruzados

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2019.v4.n12.p1050-1068

Palavras-chave:

Ateliês Biográficos de Projeto, Pesquisas em Educação, Método Biográfico

Resumo

O artigo objetiva trazer ao debate as possibilidades oferecidas pelos Ateliês Biográficos de Projeto para as pesquisas em Educação. Como procedimentos metodológicos, realizou-se uma revisão sistemática de pesquisas acadêmicas que indicavam a utilização de ateliês como dispositivo de pesquisa e formação. Os resultados apontaram que os Ateliês se inserem em uma forma outra de se pensar a investigação científica e os modos pelos quais ocorre a aprendizagem dos professores e outros atores educacionais. Os elementos essenciais para que um pesquisador intitule um espaço formativo de pesquisa como ateliê, no sentido aqui utilizado, passam pela promoção de situações que interliguem as dimensões temporais (passado, presente e futuro), pela produção e socialização de histórias de vida – heterobiografia – e pela elaboração de um projeto de futuro, em um processo autoformativo

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sandra Novais Sousa, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Doutora em Educação. Professora do curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS). Pesquisadora do Grupo de Estudo e Pesquisa em Narrativas Formativas (Gepenaf).

Eliane Greice Davanço Nogueira, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Doutora em Educação. Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Coordenadora do Grupo de Estudo e Pesquisa em Narrativas Formativas (Gepenaf).

Dirlaine Beatriz França de Souza, Universidade Brasil- Campus Fernandópolis-SP

Mestra em Educação. Professora do curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Brasil- Campus Fernandópolis-SP. Pesquisadora do Grupo de Estudo e Pesquisa em Narrativas Formativas (Gepenaf).

Cristiane Ribeiro Cabral Rocha, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Doutorando em Educação (UFMS), professora na rede municipal de ensino de Campo Grande/MS, pesquisadora do Grupo de Estudo e Pesquisa em Narrativas Formativas (Gepenaf).

Referências

BASSO, Fabiane Puntel; ABRAHÃO, Maria Helena Menna Barreto. Autorregulação da aprendizagem em contexto escolar: uma abordagem baseada em Ateliês Biográficos de Projetos. Educação em Revista, Curitiba, n. spe. 1, p. 171-189, jun. 2017.

BASSO, Fabiane Puntel; ABRAHÃO, Maria Helena Menna Barreto; FRISON, Lourdes Maria Bragagnolo. Relações entre a aprendizagem autorregulada e os fatos (auto)biográficos. Revista de Estudios e Investigación en Psicología y Educación, Coruña, España, v. 1, n. 01, p. 78-82, out. 2015.

BRAGA, Maria Lúcia de Santana. A recepção do pensamento de Roger Bastide no Brasil. Sociedade e Estado, Brasília, v. 15, n. 2, p. 331-360, dez. 2000.

BRAGANÇA, Inês Ferreira de Souza; ABRAHÃO, Maria Helena Menna Barreto; FERREIRA, Márcia Santos. (Orgs.). Perspectivas epistêmico-metodológicas da pesquisa (auto)biográfica. Curitiba: CRV, 2016.

CÂMARA, Maria das Dôres da Silva Timóteo da. Corporeidade e humanescência: cenários ludopoiéticos na vida de professores contadores de história. Orientador: Prof. Dr. Edmilson Ferreira Pires. 2012. 168 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2012.

CARNEIRO, Joanna Angelica. Danças circulares e saber sensível na formação de doutorandas em Educação: um estudo das emoções. Orientadora: Profa. Dra. Cristina Maria D’Ávila Teixeira. 2018. 208 f. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2018.

CATANI, Denice; BUENO, Belmira Oliveira; SOUSA, Cynthia Pereira. (Orgs.). Docência, memória e gênero: estudos sobre formação. São Paulo: Escrituras. 1997.

CAVALCANTI, Katia Brandão. Pedagogia vivencial humanescente. Natal: UFRN, 2005.

CAVALCANTI, Katia Brandão. (Org.). Pedagogia vivencial humanescente: para sentipensar os sete saberes na educação. Curitiba. CRV, 2010.

DELORY-MOMBERGER, Christine. Formação e socialização: os ateliês biográficos de projeto. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 32, n. 2, p. 359-371, ago. 2006.

_______. Biografia e educação: figuras do indivíduo-projeto. Natal: EDUFRN; São Paulo: Paulus, 2008.

DEMARTINI, Zeila de Brito. Velhos mestres das novas escolas: um estudo das memórias de professores da 1ª República em São Paulo. São Paulo: Centro de Estudos Rurais e Urbanos, 1984.

DUARTE JÚNIOR, João Francisco. Porque arte-educação. 13. ed. Campinas, SP: Papirus,

EKMAN, P. A linguagem das emoções: revolucione sua comunicação e seus relacionamentos reconhecendo todas as expressões das pessoas ao redor. São Paulo: Lua de Papel, 2011.

FERNANDES, Maria Emérita Jaqueira. Movimentos de professoralização: enlaces com a experiência estética. Orientadora: Profa. Dra. Jussara Almeida Midlej Silva. 2015. 153 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Vitória da Conquista, 2015.

FERREIRA, Marieta de Moraes. (Org.). História oral e multidisciplinaridade. Rio de Janeiro: Diadorim, 1994.

GOULART, Treyce Ellen Silva. Narrativas entrecruzadas de professoras negras: trajetórias, pactos políticos e prática docente. Orientador: Prof. Dr. Marcio Rodrigo Vale Caetano. 2016. 133 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, 2016.

JOSSO, Marie-Christine. Experiência de vida e formação. Natal: EDUFRN; São Paulo: Paulus, 2010.

MACHADO, Jane do Carmo. Ateliê de formação continuada e em serviço de professores: desafios e possibilidades. Orientadora: Profa. Dra. Mary Rangel. 2015. 213 f. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2015.

MELO, Isabela Benevides de. Experiências com a matemática nos percursos formativos de pedagogas/professoras. 2015. 130 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Vitória da Conquista, 2015.

MATURANA, Humberto; VARELA, Francisco. A árvore do conhecimento: as bases biológicas da compreensão humana. Tradução de Humberto Mariotti e Lia Diskin. Campinas, SP: Palas Athenas, 2001.

MORAES, Maria Cândida. Educar na biologia do amor e da solidariedade. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003.

NEVES, Julia Guimarães. Histórias de vida no contexto da educação popular. Orientador: Prof. Dr. Vilmar Alves Pereira. 2016. 113 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, 2016.

NÓVOA, António. A formação tem de passar por aqui: as histórias de vida no projeto Prosalus. In: NÓVOA, António; FINGER, Matthias. (Orgs.). O método (auto)biográfico e a formação. Lisboa: Ministério da Saúde. Departamento dos Recursos Humanos da Saúde/Centro de Formação e Aperfeiçoamento Profissional, 1988. p. 107-129.

______. Os professores e as histórias da sua vida. In:_____. (Org.) Vidas de professores. Porto: Porto Editora, 1992a.

______. Os professores e a sua formação. Portugal: Publicações Dom Quixote, 1992b.

NUNES, Clarice. A reconstrução da memória: um ensaio sobre as condições sociais da produção do educador. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, p. 72-80, 1987.

OLIVEIRA, Marcos Marques de. Florestan Fernandes. Recife: Fundação Joaquim Nabuco; Editora Massangana, 2010. (Coleção Educadores).

PARIS, Sandra Lúcia. Os ateliês (auto)formativos na constituição do sujeito docente na educação matemática. Orientador: Prof. Dr. Iran Abreu Mendes. 2012. 226 f. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2012.

PASSEGGI, Maria da Conceição. A experiência em formação. Educação, Porto Alegre, v. 34, n. 2, p. 147-156, mai./ago. 2011.

PASSEGGI, Maria da Conceição et al. Formação e pesquisa autobiográfica. In: SOUZA, Elizeu Clementino de. (Org.). Autobiografias, história de vida e formação: pesquisa e ensino. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2006. p. 257-268.

PASSEGGI, Maria da Conceição; SOUZA, Elizeu Clementino de.; VICENTINI, Paula Perin. Entre a vida e a formação: pesquisa (auto)biográfica, docência e profissionalização. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 27, n. 1, p. 369-386, abr. 2011.

QUEIROZ, Maria Isaura Pereira. Relatos orais: do “indizível” ao “dizível”. In: VON SIMSON, O. M. (Org. e intr.). Experimentos com histórias de vida (Itália-Brasil). São Paulo: Vértice; Editora Revista dos Tribunais; Enciclopédia Aberta de Ciências Sociais, v. 5, 1988. p. 68-80.

RICOEUR, Paul. Du texte à l’action: essais d’hermeneutique II. Paris: Seuil, 1986.

ROCHA, Cristiane Cabral. “Quando o contar de si desvela uma história sobre nós”: narrativas (auto) biográficas de professores iniciantes egressos do curso de Pedagogia da UEMS/Campo Grande. Orientadora: Profa. Dra. Eliane Greice Davanço Nogueira. 2016. 190 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2016.

SAMPAIO, Ana Tania Lopes. Universo encantado do cuidado na autopoiese docente: uma viagem epistemológica transdisciplinar. Orientadora: Profa. Dra. Katia Brandão Cavalcanti. 2009. 237 f. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2009.

SAMPAIO, Ana Tânia Lopes. Pedagogia vivencial humanescente: educação para o sentipensar a condição humana. In: CAVALCANTI, Kátia Brandão. (Org.). Pedagogia vivencial humanescente: educação para o sentipensar os sete saberes na educação. Curitiba: CRV, 2010. p. 29-46

SANTOS, Hermílio; OLIVEIRA, Patrícia; SUSIN, Priscila. Narrativas e pesquisa biográfica na sociologia brasileira Revisão e perspectivas. Civitas, Porto Alegre, v. 14, n. 2, p. 359-382, mai./ago. 2014.

SOKOLOVICZ, Natascha. Narrativas (auto)biográficas de professores(as) de São José dos Pinhais: influências e sentidos na construção da profissão docente. Orientadora: Profa. Dra. Regina Cely de Campos Hagemeyer. 2015 182 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2015.

SOUSA, Sandra Novais. O cenário educativo em Mato Grosso do Sul: as cores e o tom da alfabetização com os programas “Alfa e Beto” e Pnaic. Orientadora: Profa. Dra. Eliane Greice Davanço Nogueira. 2014. 205 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Educação) – Programa de Pós-graduação em Educação, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2014.

SOUZA, Elizeu Clementino de. (Auto)biografia, histórias de vida e práticas de formação. In: NASCIMENTO, Antônio Dias; HETKOWSKI, Tânia Mara. (Orgs.). Memória e formação de professores Salvador: EDUFBA, 2007. p. 59-74.

SOUZA, Dirlaine Beatriz França de. Desenvolvimento profissional docente no contexto do Cefam: reflexos de trajetórias formativas e inserção profissional de alunas egressas (1992-2005). Orientadora: Profa. Dra. Eliane Greice Davanço Nogueira. 2014. 166 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Paranaíba, 2014.

TODOROV, Tzvetan. Los abusos de la memoria. Barcelona: Paidos, 2011a.

______. La memoria amenazada. Barcelona: Paidos, 2011b.

VAN ACKER, Maria Teresa Vianna; GOMES, Marineide de Oliveira. Ateliê biográfico de projeto na formação de professores: uma perspectiva emancipatória. Revista de Educação Pública, Cuiabá, v. 22, n. 48, p. 29-42, jan./abr. 2013.

Downloads

Publicado

2019-12-26

Como Citar

SOUSA, S. N.; NOGUEIRA, E. G. D.; DE SOUZA, D. B. F.; ROCHA, C. R. C. A tessitura dos ateliês biográficos: olhares entrecruzados. Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica, [S. l.], v. 4, n. 12, p. 1050–1068, 2019. DOI: 10.31892/rbpab2525-426X.2019.v4.n12.p1050-1068. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/rbpab/article/view/5932. Acesso em: 13 nov. 2024.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)