Entre raízes aéreas e exoesqueletos: a produção de currículos de biologia
DOI:
https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2017.v2.n6.p646-660Palavras-chave:
Currículo, Educação Científica, Ensino de CiênciasResumo
Este trabalho visa discutir o currículo como construção histórica, produto de diferentes intencionalidades, jogos de saber-poder e escolhas que inevitavelmente levam a inclusões e exclusões. Nossas análises estão entrelaçadas às ferramentas teóricas para mapear enunciados, pensadas por Michel Foucault, e que, relacionadas a prescrições e determinações, inventam um currículo de Biologia que não só privilegia, mas fomenta a necessidade de “especificidades”, como um olhar diferenciado sobre a natureza, procedimentos práticos e experimentais, além de dependências e equipamentos para acontecer de forma aceitável. Ressaltamos, no entanto, que, se por um lado é possível entender o currículo como esse conjunto de ordenamentos e de linhas fixas, por outro lado, é possível (e também desejável!) ver e exercitar possibilidades de rompimento que nos levem a ter disponibilidade para que outras sensibilidades e (bio)lógicas nos habitem. Quem sabe assim, um dia, a Biologia possa ser também poesia e voltar a ter vida na sala de aula.
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