Mulheres na Educação Profissional: os desafios daquelas que acessam cursos técnicos historicamente masculinos
DOI:
https://doi.org/10.29378/plurais.2447-9373.2022.v7.n.14083Keywords:
Educação profissional., mulheres, trabalho. cursos subsequentesAbstract
A presente pesquisa está situada na área de Trabalho e Educação, vinculado à linha de pesquisa Políticas e Gestão em Educação Profissional e Tecnológica do Programa de Pós-Graduação do Colégio Técnico Industrial de Santa Maria (CTISM). O objetivo do texto é descrever quem são as mulheres que acessam os cursos subsequentes de uma instituição de Educação Profissional e problematizar ações necessárias para que as mulheres acessem, permaneçam e visualizem inserção no mundo do trabalho. Caracteriza-se como um estudo qualitativo e exploratório, em que foram realizadas análises documentais e bibliográficas. Os instrumentos de produção de dados foram questionário semiestruturado, diário de campo, grupos focais e entrevistas. Os dados produzidos foram analisados sob o viés de análise de conteúdo, baseados nos seguintes eixos: quem são as mulheres estudantes dos cursos técnicos subsequentes do CTISM, quais os motivos de ingressarem, permanecerem e suas perspectivas para o mundo do trabalho. Os sujeitos da pesquisa foram as mulheres estudantes dos Cursos Subsequentes do CTISM, ingressantes nos anos 2018 e 2019. O estudo reconhece a importância de a política de Educação Profissional olhar para a trajetória das mulheres nos cursos de EPT, de pensar o ingresso e a permanência das mulheres e de serem desenvolvidas novas pesquisas com o foco nas mulheres na EPT. As mulheres que acessam os cursos subsequentes do CTISM têm, na maioria, entre 18 e 30 anos, são solteiras, possuem uma renda média familiar entre 1 e 2 salários mínimos e não possuem filhos. Os cursos subsequentes mostram-se fundamentais na trajetória das mulheres contribuindo para sua formação e para a inserção no mundo do trabalho. Com isso, os resultados da pesquisa apontam para a importância de desenvolvimento de ações para a criação de redes de apoio e acompanhamento das mulheres estudantes dos Cursos de Educação Profissional e, em especial, para cursos historicamente “masculinos”.
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