A morte moderna ou não permita Deus que eu morra sem confissão
Mots-clés :
memórias; velório; olhar exotópico.Résumé
RESUMO: O artigo “A morte moderna ou não permita Deus que eu morra sem confissão” é um recorte de uma pesquisa de doutorado. O objetivo do texto é refletir sobre as mudanças ocorridas no evento morte, reflexão essa feita por meio de memórias pessoais e exercício exotópico de voltar à cena com um olhar adulto e em uma perspectiva de pesquisa e de análise de dois episódios de morte em família, separados por um intervalo de tempo de três décadas, o qual envolve, dentre outras coisas, transformações tecnológicas e de comportamentos sociais. Ao longo do texto, fatos, aparentemente, pessoais e regionais, convivem em consonância com aspectos universais, que isoladamente não transparecem fazer parte de um sistema maior que veio se modificando com o passar do tempo. Somadas à visão de autores como Philippe Ariès, Georges Duby e Mikhail Bakhtin, estão observações populares acerca da proximidade da morte, da morte em si, e de costumes que estavam presentes ou que ainda estão nesse entorno. O texto, por sua natureza memorialística, não apresenta os resultados nos moldes tradicionais de pesquisa, mas ajuda a compreender o processo de desaparecimento ou de transmutação dessas práticas, ao mesmo tempo revela um comportamento distinto em relação ao velório e ao pós-morte na atualidade.
Téléchargements
Références
REFERÊNCIAS
ARIÈS, Philippe. O homem diante da morte. Tradução: Luiza Ribeiro. São Paulo: Editora Unesp, 2014.
ARRAIS, Marco Aurélio. Velórios e defuntos. 2015. Disponível em: https://www.ambientelegal.com.br/velorios-e-defuntos-marco-aurelio-arrais/. Acesso em: 9 jan. 2022
ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Moderna, 1994.
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. [tradução feita a partir do francês por Maria Emsantina Galvão G. Pereira revisão da tradução Marina Appenzellerl. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. Tradução: Paulo Bezerra. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2011.
BAKHTIN, Mikhail. Para a filosofia de um ato responsável. Tradução: Waldemir Miotello e Carlos Faraco. São Paulo: Pedro e João Editores, 2017.
CAMINHA, Ernesto. O chiar dos cabelos. In: REVISTA ESTÉTICA E SEMIÓTICA | BRASÍLIA. v.4. n.2. JUL/DEZ 2014. p.181-183. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/esteticaesemiotica/article/view/11935/10464 . Acesso junho 2022.
DUARTE, Adriane da Silva. ANNA Lia A.A. PRADO, Tradutora de Tucídides: “A oração fúnebre de Péricles” In: Translatio. Porto Alegre, n. 19. p.3-15. 2020. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/translatio/article/view/107720. Acesso em: setembro 2021
DUBY, Georges. Guilherme, o Marechal: o melhor cavaleiro do mundo. Lisboa: Gradiva, D. L.,
MENEZES, Rachel Aisengart. Difíceis Decisões: uma abordagem antropológica da Prática
Médica em CTI.In: PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro. p.27-49. 2000. Disponível em: https://www.scielo.br/j/physis/a/fj33YvZmQZxwxGdvx6nt5xL/abstract/?lang=pt . Acesso em junho 2022.
TOLSTÓI, Leon. A morte de Ivan Ilitch. Tradução de Vera Karam. Porto alegre. 2010. E-book L&PM Editores, 90 páginas disponível em: https://www.amazon.com.br/Morte-Ivan-Ilitch-Leon-Tolst%C3%B3i-ebook/dp/B00A3D8T7k . Acesso em: 21/08/2021.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Revista Ouricuri 2023
Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution - Pas d'Utilisation Commerciale 4.0 International.
Les auteurs qui publient dans cette revue acceptent les conditions suivantes :
a) Les auteurs conservent leurs droits d'auteur et accordent au magazine le droit de première publication, l'œuvre étant simultanément sous licence Creative Commons Attribution License qui permet le partage de l'œuvre avec la reconnaissance de la paternité et de la publication initiale dans ce magazine.
b) Les auteurs sont autorisés à conclure des contrats supplémentaires séparément, pour la distribution non exclusive de la version de l'ouvrage publiée dans cette revue (par exemple, publication dans un référentiel institutionnel ou sous forme de chapitre de livre), avec reconnaissance de la paternité et de la publication initiale dans ce journal.
c) Les auteurs sont autorisés et encouragés à publier et à distribuer leur travail en ligne (par exemple dans des référentiels institutionnels ou sur leur page personnelle), car cela peut augmenter l'impact et la citation de l'œuvre publiée (voir L'effet du libre accès).