MONOCOTILEDÔNEAS MEDICINAIS NATIVAS DA MATA ATLÂNTICA E DE ECOSSISTEMAS COSTEIROS

ANÁLISE DE COLEÇÕES CIENTÍFICAS E DADOS DA LITERATURA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.59360/ouricuri.vol13.i1.a16356

Palavras-chave:

Botânica, Etnobotânica, Uso Medicinal, Plantas Medicinais

Resumo

O Brasil é o país com a maior diversidade biológica do planeta, entretanto, a maior parte das plantas medicinais conhecidas e usadas comercialmente é exótica e/ou cultivada. Estudos sobre plantas medicinais nativas são fundamentais para conservação destas espécies e do conhecimento tradicional associado a seu uso. Neste trabalho, buscou-se sistematizar informações disponíveis na literatura sobre plantas nativas de ocorrência no Estado de Alagoas. Foram escolhidos os registros de coletas referentes ao município de Marechal Deodoro devido a sua grande área coberta por ecossistemas naturais, incluindo restingas, matas de tabuleiro, várzeas e lagunas. Para levantamento inicial dos dados utilizou-se a base de dados de coleções científicas disponíveis no speciesLink (https://specieslink.net/). Com a lista inicial das monocotiledôneas de ocorrência registrada no município, foi feita uma pesquisa no Google Acadêmico com o termo “uso medicinal” para cada espécie. Foi levantado um total de 130 espécies de monocotiledôneas, distribuídas em 10 famílias. As famílias com maior número de espécies foram Cyperaceae (64), Poaceae (22), Orchidaceae (19), Araceae (11) e Xyridaceae (5). Um total de 51 espécies (39%) de ocorrência na área de estudo teve pelo menos uma citação na literatura para uso popular como medicinal, caracterização fitoquímica de seus extratos, pesquisa de atividade in vitro ou pesquisa de atividade in vivo. Estas espécies pertencem a oito famílias botânicas. Houve um maior número de espécies citadas na literatura nas famílias Poaceae, Cyperaceae, Orchidaceae, que também foram as três famílias com maior diversidade de espécies coletadas na área. Espécies de duas famílias que ocorrem na área (Alismataceae e Alstroemeriaceae) não tiveram nenhum registro de “uso medicinal” com o critério de busca utilizado. Os resultados ressaltam a importância dos ecossistemas locais como abrigo para plantas medicinais e a necessidade de se planejar o manejo sustentável para algumas destas espécies que sejam alvo de extrativismo para fins medicinais. 

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Biografia do Autor

Edilene Honorato da SILVA, Universidade Federal de Alagoas (UFAL)

Técnica em Agroecologia pelo Serviço de Tecnologia Alternativa (SERTA), Graduada em Gestão Ambiental e Especialista em Educação e Meio Ambiente pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas (IFAL). Pós-graduanda no PPG em Agricultura e Ambiente da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).

Rosineide Nascimento da SILVA, Universidade Federal de Alagoas (UFAL),

Bióloga, licenciada pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Mestra em Ecologia e Conservação pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) e Doutoranda em Agronomia (Produção Vegetal) na Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Professora assistente no Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL).

Ingrid Lazaro da SILVA, Universidade Federal de Alagoas (UFAL)

Graduanda em Ciências Biológicas - Bacharelado na Universidade Federal de Alagoas. Participa do Projeto “Chuva de sementes e limitação ao recrutamento de plantas em fragmentos de Mata Atlântica nordestina” e do Projeto “Plantas raras na Mata Atlântica de Alagoas: análise do grau de ameaça e estratégias para conservação”. É bolsista PIBIC.

Walquíria Silva de OLIVEIRA, Universidade Federal de Alagoas (UFAL)

Graduanda em Ciências Biológicas - Licenciatura na Universidade Federal de Alagoas. Participa do Projeto “Chuva de sementes e limitação ao recrutamento de plantas em fragmentos de Mata Atlântica nordestina” e do Projeto Plantas raras na Mata Atlântica de Alagoas: análise do grau de ameaça e estratégias para conservação.  Participa do Programa PIBIC/UFAL 2022-2023.

Alverlan da Silva ARAÚJO , Universidade Federal de Alagoas (UFAL)

Biólogo, licenciado pela Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL), Mestre em Proteção de Plantas pelo Campus de Engenharias e Ciências Agrárias da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e Doutorando em Ciências (Química e Biotecnologia) pela UFAL.

Flávia de Barros Prado MOURA, Universidade Federal de Alagoas (UFAL)

Bióloga, licenciada pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Mestre em Biologia Vegetal pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Doutora em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Pós-doutorado em Restauração de Vegetação Costeira na Universidade de Griffith, Austrália. Professora dos Programas de Pós-graduação em Agricultura e Ambiente (UFAL) e Pós-graduação em Produção Vegetal (UFAL).

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Publicado

2023-04-14

Como Citar

HONORATO DA SILVA, E. .; NASCIMENTO DA SILVA, R.; LAZARO DA SILVA, I. .; SILVA DE OLIVEIRA, W. .; DA SILVA ARAÚJO, A.; DE BARROS PRADO MOURA, F. . MONOCOTILEDÔNEAS MEDICINAIS NATIVAS DA MATA ATLÂNTICA E DE ECOSSISTEMAS COSTEIROS: ANÁLISE DE COLEÇÕES CIENTÍFICAS E DADOS DA LITERATURA. Revista Ouricuri, [S. l.], v. 13, n. 1, p. 136–147, 2023. DOI: 10.59360/ouricuri.vol13.i1.a16356. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/ouricuri/article/view/16356. Acesso em: 5 nov. 2024.

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