MULTIPLICAR ESCOLAS E ESTAR NA CULTURA: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A ESCOLA DOS TUPINAMBÁ DE OLIVENÇA/BA
DOI:
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2020.v29.n57.p269-286Palavras-chave:
Cultura, Escola, Retomada, TupinambáResumo
Neste artigo pretendemos demonstrar, a partir da etnografia realizada sobre a escola dos Tupinambá de Olivença (BA), como esta instituição tem se tornado central para a defesa e demarcação do território, sobretudo nas áreas de retomadas. Ademais, interessa-nos refletir sobre a centralidade da escola para a produção de pessoas fortes na cultura, atualização e produção de parentesco e para aquilo que os Tupinambá definem como no estar na cultura. Nesse sentido, estar na cultura, para os Tupinambá, se traduz no processo de construir coletividades, e a escola tem sido um vetor importante nesse processo.
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Atualizado em 15/07/2017