NOVOS ATORES INTERMEDIÁRIOS NA REGULAÇÃO DA EDUCAÇÃO EM PORTUGAL

Autores

  • Luís Miguel Carvalho Instituto de Educação da Universidade de Lisboa
  • Sofia Viseu Instituto de Educação da Universidade de Lisboa
  • Catarina Gonçalves Instituto de Educação da Universidade de Lisboa.

DOI:

https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2018.v27.n53.p30-42

Palavras-chave:

Atores intermediários, Regulação da educação, Conhecimento para a política

Resumo

Este artigo apresenta uma pesquisa sobre dois atores que entraram recentemente na cena educativa portuguesa, pela via da filantropia e com o objetivo de apoiar, produzir e difundir conhecimento para melhorar as políticas públicas e informar as decisões dos cidadãos. Procurando analisar os produtos que materializam e operacionalizam a intervenção dos dois atores coletivos, o artigo tem por objetivo contribuir para a discussão sobre a emergência, a expansão e o papel deste tipo de atores no quadro dos processos de reconfiguração dos modos de regulação dos sistemas educativos e da intensificação da mobilização do conhecimento em política. A pesquisa baseou-se numa extensa análise documental e em entrevistas, evidenciando o modo como esses atores, que se apresentam como mediadores e peritos, atuam no espaço público, bem como as regras que conformam suas proposições sobre os sistemas educativos e acerca das melhores formas de governá-los.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Luís Miguel Carvalho, Instituto de Educação da Universidade de Lisboa

Agregado em Educação pelo Instituto de Educação da Universidade de Lisboa. Professor catedrático do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa

Sofia Viseu, Instituto de Educação da Universidade de Lisboa

Doutora em Educação, na especialidade de Administração e Política Educacional, pelo Instituto de Educação da Universidade
de Lisboa. Professora Auxiliar do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa

Catarina Gonçalves, Instituto de Educação da Universidade de Lisboa.

Mestre em Educação, na especialidade de Administração Educacional, pelo Instituto de Educação da Universidade de Lisboa.Doutoranda em Educação pela Fundação para a Ciência e Tecnologia do no Instituto de Educação da Universidade de
Lisboa.

Referências

AQEDUTO. Apresentação. 2017. Disponível em: <http://www.aqeduto.pt/apresentacao/>. Acesso em: 5 set. 2017.

BALL, Stephen. Following policy: networks, network ethnography and education policy mobilities. Journal of Education Policy, v. 31, n. 5, p. 549-566, 2016.

BARROSO, João. A emergência do local e os novos modos de regulação das políticas educativas. Educação: Temas e Problemas, v. 12 e 13, p. 13-25, 2013.

BERNARDI, Liane Maria. Et al. Os think tanks liberais no País: a Universidade Aberta de Porto Alegre. Retratos da Escola, v. 11, n. 21, p. 571-586, 2018.

CARVALHO, Luís Miguel. Apontamentos sobre as relações entre conhecimento e política educativa. Revista do Fórum Português de Administração Educacional, n. 6, p. 37-45, 2006.

CARVALHO, Luís Miguel; COSTA, Estela; GONÇALVES, Catarina. Fifteen years looking at the mirror: on the presence of PISA in education policy processes (Portugal, 2000-2016). European Journal of Education, v. 52, n. 2, p. 154-65, 2017.

COHEN, Louis; MANION, Lawrence; MORRISON, Keith. Research methods in education. London: Routledge-Falmer, 2007.

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO – CNE. Resultados do PISA e os ambientes escolares. In: ______. Estado da Educação 2015. Lisboa, 2015. p. 31-39.

CORREIA, Luísa. Alberto Amaral: “Impressiona-me a falta de continuidade nas políticas” de educação. JPN - JornalismoPortoNet, Porto, 16 maio 2017. Disponível em: <https://jpn.up.pt/2017/05/16/alberto-amaral-impressiona-me-falta-continuidade-nas-politicas-educacao/>. Acesso em: 19 dez. 2017.

EDUCAÇÃO EM EXAME. Sobre o projeto. 2017. Disponível em: <https://educacaoemexame.pt/>. Acesso em: 20 set. 2017.

EDULOG. Think tank da educação. 2017. Disponível em: <https://www.edulog.pt/>. Acesso em: 19 dez. 2017.

FELDFEBER, Myriam. Policies for teacher training and work in Argentina from the turn of the century. In: NORMAND, Romuald. Et al (Ed.). Education policies and the restructuring of the educational profession. Singapore: Springer, 2018. p. 89-103.

FERREIRA, Ana. Projeto aQeduto – avaliação, qualidade e equidade do sistema educativo em Portugal. In: CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Investigação em educação e os resultados do PISA. Lisboa, 2015. p. 19-29.

FERREIRA, Ana; FLORES, Isabel; CASAS-NOVAS, Teresa. Porque melhoraram os resultados PISA em Portugal: estudo longitudinal e comparado (2000-2015). Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2017.

FLORES, Isabel; CASAS-NOVAS, Teresa; FERREIRA, Ana. Projeto aQeduto: o que mudou na educação em Portugal – doze anos de avaliação internacional. In: CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. O estado da educação 2015. Lisboa, 2015. p. 226-251.

FUNDAÇÃO FRANCISCO MANUEL DOS SANTOS – FFMS. Sobre a Fundação. 2017. Disponível em: <https://www.ffms.pt/sobre-a-fundacao>. Acesso em: 5 set. 2017.

HOWARD, Philip. Network ethnography and the hypermedia organization: New media, new organizations, new methods. New media & society, v. 4, n. 4, p. 550-574. 2002.

JUSTINO, David. Encerramento. In: CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Investigação em educação e os resultados do PISA. Lisboa, 2015. p. 118-123.

LAWN, Martin; LINGARD, Bob. Constructing a European policy space in educational governance: the role of transnational policy actors. European Educational Research Journal, v. 1, n. 2, p. 290-307, 2002.

LEVIN, Ben; COOPER, Amanda. Theory, research and practice in mobilizing research knowledge in education. In: FENWICK, Tara; FARRELL, Lesley (Ed.). Knowledge Mobilization and Educational Research. London: Routledge, 2012. p. 17-29.

LINDQUIST, Evert. The third community, policy inquiry, and social scientists. In: BROOKS, Stephen; GAGNON, Alain-G. (Ed.). Social scientists, policy, and the state. New York: Praeger, 1990. p. 21-51.

MAROY, Christian. Towards post-bureaucratic modes of governance: a European perspective. In: WALDOW, Florian; STEINER-KHAMSI, Gita (Ed.). Policy borrowing and lending in education. London: Routledge, 2012. p. 62-79.

MARTINS, Erika. Todos pela educação? Como os empresários estão determinando a política educacional brasileira. Rio de Janeiro: Lamparina, 2016.

MCGANN, James G. 2017 global go to think tank index report. TTCSP Global Go To Think Tank Index Reports, n. 13, 2018. Disponível em: <https://repository.upenn.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1012&context=think_tanks>. Acesso em: 15 out. 2018.

NAY, Olivier; SMITH, Andy. Les intermédiaries en politique: mediation et jeux d’instituitions. In : ______. (Ed.). Le gouvernement du compromise: courtiers et généralistes dans l’action politique. Paris: Economica, 2002. p. 1-21.

NUNES, Flávio. Projeto aQeduto: os alunos têm melhores resultados. Mas porquê? Observador, Lisboa, 15 dez. 2015. Disponível em: <https://observador.pt/2015/12/15/projeto-aqeduto-os-alunos-melhores-resultados/>. Acesso em: 20 jul. 2017.

ORGANISATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT – OECD. PISA in Focus. 2018. Disponível em: <https://www.oecd.org/pisa/pisaproducts/pisainfocus.htm>. Acesso em: 8 set. 2017.

OZGA, Jenny. Governing knowledge: Research steering and research quality. European Educational Research Journal, v. 7, n. 3, p. 261-272, 2008.

______. Governing education through data in England: From regulation to self‐evaluation. Journal of Education Policy, v. 24, n. 2, p. 149-162, 2009.

______. Assessing PISA. European Educational Research Journal, v. 11, n. 2, p. 166-171. 2012.

SIMONS, Maarten. Governing through feedback: from national orientation towards global positioning. In: FENWICK, Tara; MANGEZ, Eric; OZGA, Jenny (Ed.). World Yearbook of Education 2014: governing knowledge: comparison, knowledge-based technologies and expertise in the regulation of education. London: Routledge, 2014. p. 155-171.

VAN ZANTEN, Agnes. Connaissances et politiques d'éducation: Quelles interactions? Revue Française de Pédagogie, v. 1, n. 182, p. 5-8, 2013.

VISEU, Sofia; CARVALHO, Luís Miguel. Think tanks, policy networks and education governance: the rising of new intra-national spaces of policy in Portugal. Education Policy Analysis Archives, v. 26, n. 108, p. 1-26, sep. 2018.

WILLIAMSON, Ben. Digital education governance: data visualization, predictive analytics, and ‘real-time’ policy instruments. Journal of Education Policy, v. 31, n. 2, p. 123-141, 2016a.

______. Digital methodologies of education governance: Pearson plc and the remediation of methods. European Educational Research Journal, v. 15, n. 1, p. 34-53, 2016b.

Publicado

2018-12-29

Como Citar

CARVALHO, L. M.; VISEU, S.; GONÇALVES, C. NOVOS ATORES INTERMEDIÁRIOS NA REGULAÇÃO DA EDUCAÇÃO EM PORTUGAL. Revista da FAEEBA - Educação e Contemporaneidade, [S. l.], v. 27, n. 53, p. 30–42, 2018. DOI: 10.21879/faeeba2358-0194.2018.v27.n53.p30-42. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/faeeba/article/view/5659. Acesso em: 28 mar. 2024.