Não ser só um carregador de livros: elaborações de jovens rurais sobre a escola
DOI:
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2011.v20.n36.p%25pAbstract
Considerando a centralidade da escola para a realização dos projetos individuais, esteartigo busca compreender os sentidos das experiências escolares para os/as jovens doDistrito Espraiado e fazendas, localizados em área rural do município baiano de Palmasde Monte Alto. Realizou-se um trabalho de campo, no qual a observação participante, aetnografia e a realização de grupos de discussão constituíram os principais instrumentosde coleta de dados. Foi realizada análise de 02 grupos de discussão com jovens dosexo masculino e feminino, matriculados nos anos finais do ensino fundamental. Aanálise foi feita com base no Método Documentário de Interpretação desenvolvidopor Karl Mannheim e adaptado para a pesquisa social empírica por Ralf Bohnsack.Os resultados apresentados aqui apontam que a escola tem significados positivos paramoças e rapazes, haja vista que se trata de uma área rural de pequeno município emque o processo de escolarização se deu de forma tardia e sexista.Downloads
References
ABRAMOVAY, Ricardo et al. Dilemas e estratégias dos jovens rurais: ficar ou partir. Estudos Sociedade e Agricultura,
Rio de Janeiro, v. 12, n. 1, p. 236-271, 2004.
BOHNSACK, Ralf; WELLER, Wivian. O método documentário e sua utilização em grupos de discussão. Educação
em Foco, Juiz de Fora, v. 11, n. 2, p.19-38, mar./ago. 2006.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. A partilha da vida. São Paulo: GEIC/Cabral, 1995.
______. O trabalho de saber. Porto Alegre: Sulina, 1999.
CARNEIRO, Maria José. Juventude rural: projetos e valores. In: ABRAMO, Helena Wendel; BRANCO, Pedro
Paulo Martoni (Orgs.). Retrato da juventude brasileira: análise de uma pesquisa nacional. São Paulo: Fundação
Perseu Abramo, 2005. p. 243-261.
CASTRO, Elisa Guaraná de; CARNEIRO, Maria José (Orgs.). Juventude rural em perspectiva. Rio de Janeiro:
Mauad X, 2007.
CHARLOT, Bernard (Org). Os jovens e o saber: perspectivas mundiais. Porto Alegre: Artmed, 2001. p. 33-50.
______. Relação com o saber e com a escola entre estudantes de periferia. Caderno de Pesquisa, São Paulo, n.
, p. 47-63, maio 1996.
CORTI, Ana Paula; SOUZA, Raquel. Diálogos com o mundo juvenil: subsídios para educadores. São Paulo: Ação
Educativa, 2004.
DAYRELL, Juarez. A escola “faz” as juventudes?: reflexões em torno da socialização juvenil. Educação e Sociedade,
Campinas, v. 28, n. 100, out. 2007. Disponível em: <http://www.cedes.unicamp.br>. Acesso em: 15 mar. 2010.
______. A música entra em cena: o rap e o funk na socialização da juventude. Belo Horizonte: UFMG, 2005.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Municípios brasileiros. Disponível em: <http://www.ibge.
gov.br>. Acesso em: 4 abr. 2011.
NOVAES, Regina; VANNUCHI, Paulo (Orgs.). Juventude e sociedade: trabalho, educação, cultura e participação.
São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004.
PAIS, José Machado. Culturas juvenis. 2 ed. Lisboa: Imprensa Nacional/Casa da Moeda, 2003.
PEREIRA, Jorge Luiz de Goes. Entre campo e cidade: amizade e ruralidade segundo jovens de Nova Friburgo.
Estudos Sociedade e Agricultura, v. 12, n. 2, p. 322-351, out. 2004.
SARTI, Cynthia A. A família como espelho: um estudo sobre a moral dos pobres. Campinas: Autores Associados,
SILVA, Vanda. Sertão de jovens. São Paulo: Cortez, 2004.
SPÓSITO, Marília Pontes. Algumas reflexões e muitas indagações sobre as relações entre juventude e escola no
Brasil. In: ABRAMO, Helena Wendel; BRANCO, Pedro Paulo Martoni (Orgs.). Retrato da juventude brasileira:
análise de uma pesquisa nacional. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2005. p. 87-127.
______. Transversalidades no estudo sobre jovens no Brasil: educação, ação coletiva e cultural. Educação e Pesquisa,
São Paulo, v. 36, n. especial, p. 95-106, 2010.
STROPASOLAS, Valmir Luiz. O mundo rural no horizonte dos jovens. Florianópolis: EDUFSC, 2006.
mas apropriar-se de um “discursuzinho melhor”.
Entrar no mundo instituído vai além da busca pelo
trabalho e pela melhoria de vida; essa entrada está
atrelada também ao desejo de ser reconhecido como
capaz, como sujeito que se apropriou dos códigos
da cultura letrada.
Não ser só um carregador de livro: elaborações de jovens rurais sobre a escola
Revista da FAEEBA – Educação e Contemporaneidade, Salvador, v. 20, n. 36, p. 137-149, jul./dez. 2011
VEIGA, José Eli da. Cidades imaginárias: o Brasil é menos urbano do que se calcula. 2 ed. Campinas: Autores
Associados, 2003.
VIEIRA, Rosângela Steffen. Tem jovem no campo! tem jovem homem, tem jovem mulher. In: WOORTMANN,
Ellen F.; MENACHE, Renata; HEREDIA, Beatriz (Orgs.). Margarida Alves. Brasília: MDA/ IICA, 2006. p. 195-
Coletânea sobre estudos rurais e gênero.
WANDERLEY, Maria de Nazareth Baudel (Coord.). Juventude rural: vida no campo e projetos para o futuro.
Recife, 2006. Relatório de pesquisa.
WEISHEIMER, Nilson. Juventudes rurais: mapa de estudos recentes. Brasília: MDA/NEAD, 2005.
WELLER, Wivian. Minha voz é tudo o que eu tenho: manifestações juvenis em Berlin e São Paulo. Belo Horizonte:
EDUFMG, 2011.
______. Grupos de discussão: aportes teóricos e metodológicos. In: ______; PFAFF, Nicolle (Orgs.). Metodologias
da pesquisa qualitativa em educação: teoria e prática. Petrópolis: Vozes, 2010. p. 54-66.
______. Grupos de discussão na pesquisa com adolescentes e jovens: aportes teórico-metodológicos e análise de
uma experiência com o método. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 32, n. 2, p. 241-260, mai./ago. 2006.
______. A contribuição de Karl Mannheim para a pesquisa qualitativa: aspectos teóricos e metodológicos. Sociologias,
Porto Alegre, ano 7, n.13, p. 260-300, jan./jun. 2005.
______ et al. Karl Mannheim e o método documentário de interpretação: uma forma de análise das visões de mundo.
Sociedade e Estado, Brasília, v. 17, n. 2, p. 375-396, jul./dez. 2002.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
O encaminhamento dos textos para a revista implica a autorização para a publicação.
A aceitação para a publicação implica na cessão de direitos de primeira publicação para a revista.
Os direitos autorais permanecem com os autores.
Após a primeira publicação, os autores têm autorização para a divulgação do trabalho por outros meios (ex.: repositório institucional ou capítulo de livro), desde que citada a fonte completa.
Os autores dos textos assumem que são autores de todo o conteúdo fornecido na submissão e que possuem autorização para uso de conteúdo protegido por direitos autorais reproduzido em sua submissão.
Atualizado em 15/07/2017