Pesquisa em Educação
do Indivíduo ao grupo/rede internacional. Apontamentos sobre origens e perspectivas
DOI:
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2024.v33.n73.p74-90Palavras-chave:
Grupo/rede de Pesquisa, Pós-graduação e Pesquisa, CAPES/PrIntResumo
Neste artigo tem-se como objetivo resgatar alguns aspectos dos passos iniciais da organização daquilo que é considerado o embrião da passagem da pesquisa individual para a pesquisa de grupos, em direção às atuais redes de pesquisa, tendo no “Programa Institucional de Internacionalização” (CAPES/PrInt) a sua iniciativa atual mais vistosa. O foco inicialmente são os “Centros Regionais de Pesquisas Educacionais (CRPEs)” (1950-1960) e o “Programa de Intercâmbios” (1981-1992), iniciativas induzidas por políticas públicas. Num segundo momento apresentamos oCAPES/PrInt, como a política atual mais expressiva da passagem do grupo para as redes de pesquisa. Para isso, em termos metodológicos, lançamos mão de levantamento de literatura, análise de documentos e entrevistas. Destaca-se autilização de manifestações de Bernardete Gatti, uma das protagonistas envolvidas na organização e implementação do “Programa de Intercâmbio” e figura de proa na pesquisa educacional brasileira. Em linhas gerais, a pesquisa permite afirmar que, do mix dessas experiências pedagógicas e exigências formais, foi/vai se criando uma cultura de grupo/rede de pesquisa com potencial de passar da indução à práxis incorporada
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Atualizado em 15/07/2017