Mitos e Educação na Ancestralidade de Tentehar
DOI:
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2022.v31.n67.p127-142Palavras-chave:
Palavras-chave: Educação indígena; narrativas; memória; povo Tentehar.Resumo
O artigo trata de pedagogias da educação do povo Tentehar[1]. Com método etnográfico, o estudo foi desenvolvido junto aos Tentehar que vivem no território indígena Arariboia. Na articulação entre narrativas míticas e a memória biocultural dos interlocutores rememoramos princípios e valores que orientam o pensamento e a pedagogia no mundo indígena. O enredo foi produzido por homens e mulheres da aldeia Juçaral que compartilharam conosco saberes, modos de vida e problemas do seu cotidiano. Na cultura ancestral tentehar narrativas míticas alimentam o processo formativo entre esse povo, por seu intermédio são transmitidos valores que educam na sua cosmologia. A repetição oral é um dos métodos para se aprender e ensinar nessa cultura. Suas narrativas irrigam a memória individual e coletiva, alimentam uma pedagogia da resistência e os mantêm conectados com valores primordiais. Viver de forma mais equilibrada e sustentável é um dos seus valores ancestrais.
[1] O texto decorre da convivência de uma das autoras com o povo indígena tentehar (Guajajara) da aldeia Juçaral no Maranhão nos estudos sete anos, em trabalhos de extensão, pesquisa e outras partilhas. Os estudos que resultaram em uma tese foram autorizados pela comunidade e financiados pela Fundação de Amparo a Pesquisa do Maranhão (FAPEMA) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ).
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Atualizado em 15/07/2017