Mitos e Educação na Ancestralidade de Tentehar

Autores

  • Maria José Ribeiro de Sá Instituto Federal do Maranhão Campus Imperatriz http://orcid.org/0000-0001-9128-1466
  • Maria da Conceição de Almeida UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

DOI:

https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2022.v31.n67.p127-142

Palavras-chave:

Palavras-chave: Educação indígena; narrativas; memória; povo Tentehar.

Resumo

O artigo trata de pedagogias da educação do povo Tentehar[1]. Com método etnográfico, o estudo foi desenvolvido junto aos Tentehar que vivem no território indígena Arariboia. Na articulação entre narrativas míticas e a memória biocultural dos interlocutores rememoramos princípios e valores que orientam o pensamento e a pedagogia no mundo indígena. O enredo foi produzido por homens e mulheres da aldeia Juçaral que compartilharam conosco saberes, modos de vida e problemas do seu cotidiano. Na cultura ancestral tentehar narrativas míticas alimentam o processo formativo entre esse povo, por seu intermédio são transmitidos valores que educam na sua cosmologia. A repetição oral é um dos métodos para se aprender e ensinar nessa cultura. Suas narrativas irrigam a memória individual e coletiva, alimentam uma pedagogia da resistência e os mantêm conectados com valores primordiais. Viver de forma mais equilibrada e sustentável é um dos seus valores ancestrais.

 

 

[1] O texto decorre da convivência de uma das autoras com o povo indígena tentehar (Guajajara) da aldeia Juçaral no Maranhão nos estudos sete anos, em trabalhos de extensão, pesquisa e outras partilhas. Os estudos que resultaram em uma tese foram autorizados pela comunidade e financiados pela Fundação de Amparo a Pesquisa do Maranhão (FAPEMA) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ).

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Biografia do Autor

Maria José Ribeiro de Sá, Instituto Federal do Maranhão Campus Imperatriz

Doutoranda em Educação pela UFRN, exerce a função de pedagoga no IFMA/Campu Imperatriz, lotada no departamento de Ensino Superior e Tecnologia, atua em projetos de pesquisas e extensão com estudantes dos cursos de Licenciatura em Física e Ciências da Computação. Pesquisa sobre Educação Indígena, Educação Escolar Indígena, Astronomia Indígena, Educação em Astronomia.

Maria da Conceição de Almeida, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

Professora Titular do Departamento de Fundamentos e Políticas da Educação do Centro de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte desde maio de 2010. Doutora em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1992). Mestre em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1979). Graduada em Sociologia e Politica pela Fundação Jose Augusto (1972). Coordenadora do Grupo de Estudos da Complexidade, primeiro ponto brasileiro da Cátedra itinerante Unesco "Edgar Morin" na UFRN. Colaboradora e consultora da Multiversidad Mundo Real Edgar Morin. Membro da Cátedra itinerante Unesco "Edgar Morin" - Universidad Del Salvador/Instituto Internacional para o Pensamento Complexo. Membro da Associação Internacional para o Pensamento Complexo. Membro do Comitê Científico Internacional - Universidad de Valladolid. Membro do Conselho Editorial das revistas: Famecos - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; Cronos - Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais- UFRN; Educação em Questão - PPGEd/UFRN. Coordenadora da Coleção Baobá e Coleção Saberes da Tradição. Tutora de Doutorado de Pós-Grade em Educação com Enfoque em Complexidade e Transdisciplinaridade na Escuela Militar de Ingenieria nas cidades de Santa Cruz de La Sierra, Cochabamba e La Paz. Tem experiência na área de antropologia e complexidade, com ênfase em Epistemologia, atuando principalmente nos seguintes temas: complexidade, educação, cultura, ciência e conhecimento.

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Publicado

2022-08-16

Como Citar

DE SÁ, M. J. R.; ALMEIDA, M. da C. . de. Mitos e Educação na Ancestralidade de Tentehar. Revista da FAEEBA - Educação e Contemporaneidade, [S. l.], v. 31, n. 67, p. 127–142, 2022. DOI: 10.21879/faeeba2358-0194.2022.v31.n67.p127-142. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/faeeba/article/view/14024. Acesso em: 26 dez. 2024.