VIVER, NARRAR, GUARDAR E FORMAR: UMA HISTÓRIA DAS RELAÇÕES COM A ESCRITA (AUTO) BIOGRÁFICA

Autores

  • Lúcia Gracia Ferreira Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Palavras-chave:

escrita, autoformação, relação.

Resumo

Este estudo objetiva mostrar as potencialidades da escritas biográfica e suas contribuições para reflexão e formação.  Trata-se um relato sobre a experiência de escrever e analisar essas escritas, tomando, primeiramente, minha própria vida para análise. Como pesquisadora da área de autobiografia, venho, não só analisando as histórias de vida de professores, mas, também, escrevendo e analisando minha própria história. Nessa perspectiva, este trabalho mostra muito de minha vida que está guardada nos diários que escrevi ao longo da vida. Retrata a minha experiência com a análise da escrita auto(biográfica) iniciada no âmbito da minha formação continuada (mestrado), as aprendizagens construídas, a evolução e o prosseguimento, através das narrativas Dessa forma, revela as relações estabelecidas com essas escritas e as histórias construídas a partir delas. Salientamos a importância da escrita (auto)biográfica e seu potencial de formação e autoformação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Lúcia Gracia Ferreira, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Doutora em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Pós-doutorado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Professora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia-Itapetinga (UESB). Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal da Bahia; Grupo de Pesquisa e Estudos Pedagógicos/UESB e Docência, Currículo e Formação/UFRB.

Referências

CUNHA, Maria Teresa Santos. Diários íntimos de professoras: letras que duram. In: MIGNOT, Ana Chrystina Venancio; BASTOS, Maria Helena Camara; CUNHA, Maria Teresa Santos (Org.). Refúgios do eu: educação, história, escrita autobiográfica. Florianópolis: Mulheres, 2000. p. 159-180.

ENGUITA, Mariano Fernández. A ambigüidade da docência: entre o profissionalismo e a proletarização. Teoria da educação, n. 4, Porto Alegre: Pannonica, 1991. p. 41-61.

HESS, Remi. Momento do diário e diário dos momentos. In: SOUZA, Elizeu Clementino; ABRAHÃO, Maria Helena Menna B (Org). Tempos, narrativas e ficção: a invenção de si. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2006, p.89-103.

HOLLY, Mary Louise. Investigando a vida profissional dos professores: diários biográficos. In. NÓVOA, Antonio (Org.). Vida de Professores. Porto: Porto Editora, 2007. p.79-110.

MORAES, Ana Alcídia de Araújo. Histórias de vida e autoformação de professores: alternativa de investigação do trabalho docente. Pro-Posições, v. 15, n. 2 (44), maio/ago. 2004.p.165-173.

NÓVOA, Antonio. Professores: imagem do futuro presente. Lisboa: Educa, 2009.

PASSEGGI, Maria da Conceição. Memoriais de formação: processos de autoria e de (re)construção identitária. III Conferência de Pesquisa Sócio-Cultural. São Paulo: Campinas, 2000.

___________; BARBOSA, Tatiane M. N; CÂMARA, Sandra C. X. Gêneros acadêmicos autobiográficos: desafios do GRIFARS. In: SOUZA, Elizeu Clementino; PASSEGGI, Maria da Conceição. (Orgs.). Pesquisa (auto)biográfica: cotidiano, imaginário e memória. Natal, RN: EDUFRN; São Paulo: Paulus, 2008, p.57-89.

PINEAU, Gaston. Experiências de aprendizagem e histórias de vida. In: CARRÉ, P.; CASPAR, P. Tratado das Ciencias e das Técnicas de formação. Trad. Pedro Seixas.Lisboa: Instituto de Piaget, 1999. p. 327-348.

POWELL, Arthur; BAIRRAL, Marcelo. Alguns aspectos teóricos para a análise do aprendizado matemático mediante a escrita In: _____________. A escrita e o pensamento matemático: interações e potencialidades. Campinas/SP, Papirus, 2006, p.47-67.

SCHÖN, Donald. Formar professores como profissionais reflexivos. In: NÓVOA, Antonio. (Org.). Os professores e a sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1995. p. 77-91.

SOUZA, Elizeu Clementino de. O conhecimento de si: estágio e narrativas de formação de professores. Rio de Janeiro: DP&A; Salvador, BA: UNEB, 2006a.

____________. Pesquisa narrativa e escrita (auto)biográfica: interfaces metodológicas e formativas. In: SOUZA, Elizeu Clementino de; ABRAHÃO, Maria Helena Menna Barreto (Org.). Tempos, narrativas e ficção: a invenção de si. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2006b. p. 135-147.

ZABALZA, Miguel A. Diários de aula: contributo para o estudo dos dilemas práticos dos professores. Porto: Porto Editora, 1994.

____________. Os diários de classe dos professores. Pátio - Revista Pedagógica. Ano VI, nº 22, julho/agosto 2002. p. 14-17.

ZEICHNER, Kenneth M. A formação reflexiva de professores: idéias e práticas. Lisboa: Educa, 1993.

ZIBETI, Marli Lúcia Tonatto. Escrita de professoras: estratégia de formação e instrumento de valorização profissional. In: PRADO, Guilherme do Val Toledo; SOLIGO, Rousaura (Orgs.). Porque escrever é fazer história: revelações, subversões, superações. Campinas, SP: Editora Alínea, 2007. p.149-160.

Downloads

Publicado

2020-06-01

Como Citar

FERREIRA, L. G. VIVER, NARRAR, GUARDAR E FORMAR: UMA HISTÓRIA DAS RELAÇÕES COM A ESCRITA (AUTO) BIOGRÁFICA. Revista Encantar, [S. l.], v. 2, p. 01–16, 2020. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/encantar/article/view/8652. Acesso em: 29 mar. 2024.