Escrita, universidade e sociedade
formação de leitores em ambiente de produção de conhecimento
DOI:
https://doi.org/10.35499/tl.v17i2.17955Palabras clave:
Leitura, Escrita, Polifonia, Formação universitária.Resumen
Este artigo tem o objetivo de fazer uma reflexão sobre a formação de leitores no ensino superior e, para isso, utilizamos crônicas produzidas pelos alunos do curso superior de tecnologia em Gestão Empresarial no primeiro semestre de 2020. Para realização deste trabalho, os alunos entraram em contato com diferentes textos e suas possíveis interpretações. A proposta apresentada em sala de aula visava conhecer melhor os estudantes, contemplando também uma produção textual que permitisse observar as condições de sua escrita, suas escolhas temáticas e o modo como se relacionam com os fatos do cotidiano. A fim de realizar a análise presente neste trabalho, apoiamo-nos em Freire (2008), Kock (2011) e Ducrot.(1972; 1987; 1989; 1990). Essas análises apontam que a produção dos alunos, resultante de suas leituras, de modo geral, reproduzem o que convencionalmente é denominado por “senso comum”, ou seja: o discurso da ideologia dominante. Os textos tanto reproduzem essa ideologia como também a reforçam no processo discursivo. Concluímos que é necessário retornar sempre a um dos princípios do ensino de Língua Portuguesa - o de promover a formação de leitores que, por meio da escrita, possam dizer algo para a comunidade na qual estão inseridos e de acordo com o momento que estão vivendo, que vá além da constatação ou da reprodução do senso comum.
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