A descoberta da Bahia pelos italianos
ou de como Jorge Amado ensinou a Bahia ao leitor italiano
DOI:
https://doi.org/10.35499/tl.v17i1.17146Palabras clave:
Jorge Amado, Bahia, ItáliaResumen
Jorge Amado, escritor brasileiro mundialmente famoso, exerceu grande influência na cultura italiana. Sua obra foi aqui traduzida e apreciada desde a década de 1950, contribuindo bastante para a popularidade da literatura brasileira na Itália. Objetivo deste artigo é destacar como, no imaginário do leitor italiano de Amado, a ideia de Brasil se confunde com a da Bahia narrada pelo autor: um universo cujo verdadeiro protagonista é a cultura popular, mestiça e sincrética. Além disso, reflete-se sobre o enorme sucesso no exterior de um autor que fala basicamente de temas intraduzíveis, sem que isso constitua um obstáculo para os leitores estrangeiros que pouco ou nada sabem sobre as práticas tradicionais afrodescendentes, a cultura do axé, o coronelismo e o folclore grapiúna. Após uma breve reflexão sobre a importância do trabalho do tradutor, que contribui para esse sucesso, o artigo analisa três das obras mais conhecidas de Amado na Itália: O sumiço da Santa, Gabriela cravo e canela e Dona Flor e seus dois maridos. Para cada uma delas, procurou-se destacar os elementos que mais contribuíram para seu sucesso na Itália, citando vínculos e entrelaçamentos entre a obra de Amado e as produções literárias, cinematográficas e musicais italianas.
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