Pensando o caminhar como experiência estética e método de ficção literária

Autores

  • Wilck Camilo Ferreira de Santana Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

DOI:

https://doi.org/10.35499/tl.v14i1.8615

Palavras-chave:

História do caminhar, Caminhar como método de ficção, Rebecca Solnit,

Resumo

Caminhar é uma atividade humana universal. Sua história é perpassada por uma espécie de prazer, liberdade e significados que pessoas diferentes procuram em momentos diversos. Pensando nessa direção, a história do caminhar proposta por Rebecca Solnit (2016) trilha percursos que vão desde a origem do bipedalismo até a caminhada na cidade. Para isso, a autora delineia argumentos que giram em torno do fato de que andar ereto é o primeiro marco do que viria a se tornar a humanidade. Entre os muitos caminhos que esse trajeto envolve, um deles está centrado na atividade de leitura do caminhar para descrever o mundo, fato que certamente contribuiu para que experiências itinerantes servissem como método de ficção. É assim que, ao considerar que há no fato de se deslocar na paisagem algo que estimula e aviva os pensamentos, Solnit evidencia que, no decorrer do tempo em que caminhar deixou de ser apenas uma atividade de descolamento para se tornar uma experiência, foram desenvolvidos métodos ficcionais como o fluxo de consciência e personagens andarilhos como o flâneur. Nessa rede imbricada de ideias e trajetos, acredita-se que as diferentes variações do deslocamento a pé representam ações políticas, estéticas e de grande significado social.

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Biografia do Autor

Wilck Camilo Ferreira de Santana, Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

É mestrando em Teoria da Literatura pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal de Pernambuco (PPGL/UFPE) e dedica-se a estudar Memória, sobretudo como ela atua na construção e significação das cidades na literatura. Atualmente forma parte do grupo de pesquisa “Espaços construídos, cartografias imaginadas: traçados e imagens das cidades na literatura latino-americana”. Graduou-se em Licenciatura em Letras, com dupla habilitação em Português e Espanhol, pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

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Publicado

2020-07-15

Como Citar

DE SANTANA, W. C. F. Pensando o caminhar como experiência estética e método de ficção literária. Tabuleiro de Letras, [S. l.], v. 14, n. 1, p. 210–214, 2020. DOI: 10.35499/tl.v14i1.8615. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/tabuleirodeletras/article/view/8615. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

RESENHAS