Gude: a produtividade das variantes lexicais dos grupos ciganos e não-ciganos da Bahia e de Pernambuco
DOI:
https://doi.org/10.35499/tl.v12i0.5574Abstract
Essa pesquisa analisa respostas fornecidas por falantes de etnia cigana, dos estados da Bahia e de Pernambuco, em Silva (2017) no que se referente às designações para “bolinha de gude”, comparando-as com as fornecidas por falantes não-ciganos estudados por Ribeiro (2012). O objetivo é examinar se na seleção lexical feita pelos entrevistados há influência de fatores diatópicos, diassexuais e diageracionais identificados a partir dos dados recolhidos. Tais análises permitiram observar, dentre outros aspectos, a produtividade das variantes identificadas nos trabalhos e a variação diatópica constatada. Consideraram-se os pressupostos e a metodologia da Sociolinguística e da Dialetologia Pluridimensional bem como da Lexicologia e da Ciganologia. As considerações finais descrevem e abordam os resultados obtidos. Em síntese, o estudo confirmou que o brinquedo “bolinha de gude” cultiva-se nos dois estados pesquisados, conforme atestam as escolhas lexicais dos falantes, que tanto no grupo cigano quanto no grupo não-cigano foram semelhantes. O conhecimento das variantes léxico-regionais apuradas e sua dispersão pela área geográfica revelaram que: (i) na pesquisa de Silva (2107), a lexia de maior frequência, na Bahia, é gudee, em Pernambuco, é bila, ambas com 100% das respostas válidas; (ii) na pesquisa de Ribeiro (2012), tem-se 96,70% de gude, na Bahia, e 43,75% de bila, na rede de pontos de Pernambuco.
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