Vozes homoeróticas no extremo contemporâneo
três narrativas sobre ausência, silêncio e exclusão
DOI:
https://doi.org/10.35499/tl.v18i2.21572Abstract
This article aims to analyze three Brazilian novels – Cloro, by Alexandre Vidal Porto (2018), A palavra que resta, by Stênio Gardel (2021), and Sismógrafo, by Leonardo Piana (2022) – from the perspective of the "extreme contemporary" (BERND, 2022). Literature of the extreme contemporary stands out not so much for its form and/or language alienation, but for its destabilization of consensus, that is, it manifests an urgency for the acceptance of diversity and the breaking of paradigms and binarisms. In this sense, the process of emergence of minority literature – or that thematizes these minorities – serves as an example to be analyzed in the writing of the extreme contemporary. The narrative space of the extreme contemporary thus encompasses subjectivities that escape socially legitimized models and, therefore, were condemned to silence. The strategy of the novels in question is to represent these absences, giving voice to these erased subjectivities.
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