Eu não vi, mas me contaram...
DOI:
https://doi.org/10.35499/tl.v0i3.150Keywords:
Segunda Guerra Mundial, Memória, Representação,Abstract
A oralidade, principalmente no ambiente familiar, foi o modo mais imediato para tornar a evocar e transmitir aos que nasceram no segundo pós-guerra os acontecimentos do período bélico. Minha infância foi de tal forma povoada pelas narrações dessa história passada, mas ainda tão presente, que eu tinha a sensação de tê-la vivido. Com o passar dos anos, à memória familiar foram se acrescentando a leitura de relatos, obras literárias, livros de história e a visão de vários filmes, em especial os realizados logo depois da guerra, como Roma, cidade aberta (1944-45), de Roberto Rossellini, no qual a crônica dos últimos dias de luta era traduzida na tela pela “força bruta daquelas imagens assoladas”, como escreveu o Pier Paolo Pasolini poeta.
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