A palavra (não) silenciada da mulher contadora de histórias

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2024.v9.n24.e1195

Palavras-chave:

Mulher. Contação de histórias. Tradição oral

Resumo

Este artigo tem como objetivo elucidar a relação da mulher com a com contação de histórias desde tempos remotos até a contemporaneidade. Como etapa metodológica foi feita uma investigação bibliográfica, em diálogo com teóricos e estudiosos, como Warner (1999), Zumthor (1993), Matos (2005), Vansina (2010), Machado (2004) Santos (2013), sobre a história secular da mulher contadora de histórias, a contextualização da contação de histórias, de sua origem, na tradição oral a suas transformações em tempos atuais. Como resultado da pesquisa, evidenciou-se a relação da mulher com as narrativas como personagens milenares dos contos tradicionais e do imaginário popular, na autoria das histórias e na sua disseminação. Além disso, revelou que as mulheres têm se destacado não apenas narrando, mas também pesquisando sobre seu ofício, deixando um legado escrito, fonte de conhecimento para a geração de muitos outros.

 

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Biografia do Autor

Luciene Mota, Universidade Estadual de Feira de Santana

Mestra em Educação pela Universidade Federal da Bahia(UFBA),especialista em Docência do Ensino Superior pela Faculdade de Tecnologias e Ciências(FTC),graduada em Letras com Espanhol pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), graduada em Pedagogia pelo Centro Universitário Internacional (Uninter) . Possui experiências na área de Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: Literatura, Formação do Leitor, Letramento, Educação e Contação de Histórias.

Mary Andrade Arapiraca, Universidade Federal da Bahia

 

Graduação em Pedagogia/UFBA, Especialização em Aquisição e Ensino da Língua Materna, Instituto de Letras/UFBA Mestrado e Doutorado em Educação, PRGE/UFBA. Professora Titular da Faculdade de Educação de Educação da Universidade Federal da Bahia. É coordenadora geral do Curso de Especialização em Docência na Educação Infantil da UFBA/Faculdade de Educação, em convênio com a Coordenação de Educação Infantil COEDI/SEB/MEC, desde julho de 2011. Vice- coordenadora do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação e Linguagem - GELING, do PPGE/FACED/UFBA.

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Publicado

2024-12-24

Como Citar

MOTA, L. F.; ARAPIRACA, M. A. A palavra (não) silenciada da mulher contadora de histórias. Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica, [S. l.], v. 9, n. 24, p. e1195, 2024. DOI: 10.31892/rbpab2525-426X.2024.v9.n24.e1195. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/rbpab/article/view/20019. Acesso em: 15 jan. 2025.

Edição

Seção

Dossiê Narrativas, Oralidades e Contação de Histórias