O SIMBOLISMO DO BATISMO CAPTURADO EM CARTAS PARA PROFESSORES QUE MARCARAM: LEITURAS ENTRECRUZADAS
DOI:
https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2016.v1.n3.p513-533Parole chiave:
Formação inicial de professores, Narrativas epistolares, Imaginário, EducaçãoAbstract
Este trabalho é fruto do projeto de pesquisa denominado “Escrita de cartas aos professores que marcaram: memórias e imaginários ressonantes como fermentos de (auto)formação?” Visa problematizar as narrativas materializadas nas cartas, solicitadas para estudantes, em formação inicial em Pedagogia. Tendo o cunho epistolar como ferramenta empírica, optou-se pela análise simbólica à luz dos estudos teórico/metodológico do imaginário e dos estudos (auto)biográficos de formação. Ancorados em Josso (2002; 2010), Bachelard (1988; 1993), Durand (1988; 2008; 2012), Chevalier e Gheerbrant (2015) e Eliade (1977; 1992; 2013), a metodologia utilizada nessa investigação teve como base a pesquisa-formação e a mitocrítica, a partir dos referenciais construídos por Josso (2002), Delory-Momberguer (2008) e Durand (2012), respectivamente. Nosso foco foi buscar, nas recordações-referências, a amplificação da noção de professor-batismo, cuja imagem emergiu na simbólica das cartas analisadas.
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