NOTAS SOBRE A NARRATIVA COMO INSTRUMENTO DE INTERVENÇÃO EM CONTEXTO DE SAÚDE INFANTOJUVENIL
DOI :
https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2016.v1.n1.p104-117Mots-clés :
Narrativa. Infantojuvenil. Saúde MentalRésumé
O presente trabalho tem como objetivo investigar o potencial da narrativa enquanto instrumento de intervenção psicológica em um CAPSI, a partir da apresentação de um estudo de caso individual. As elaborações teórico-reflexivas fundamentam-se na Teoria das Representações Sociais (DUVEEN; LLOYD, 2008), em diálogo com a Teoria Histórico-Cultural (AGUIAR; OZELLA, 2006; MOLON, 1999; PRESTES, 2010; VIGOTSKI, 2009; 2010a; 2010b). Além dos estudos sobre narrativas (BRUNER, 1997; 2001; 2002; JOVCHELOVITCH; BAUER, 2002). Os dados discutidos foram engendrados nas análises das intervenções realizadas em oficinas socioafetivas (ANDRADE, 2015), tematizadas diante da apresentação de uma narrativa, através da qual propôs-se a construção de uma narrativa coletiva a um grupo de adolescentes. As múltiplas faces da narrativa criada por uma adolescente foram identificadas no primeiro momento do processo, quando esteve em pauta a idealização do estado de bem-estar, saúde e felicidade, em contraposição à caracterização de sua condição de usuária, cujas narrativas são registradas em prontuário – narrativas defensivas. No segundo momento, observou-se a emergência de narrativas espontâneas, quando ela assume seu papel de protagonista na produção do enredo coletivo, liberta-se das preocupações relativas ao protocolo de tratamento e anuncia conteúdos e conflitos juntamente com metáforas que deixam ver seu processo de enfrentamento do desconhecido.
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Références
Referências
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