Conhecimento de si, docência e diferenças nas escolas rurais: narrativas de formação na pesquisa (auto)biográfica
DOI:
https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2017.v2.n4.p%25pPalabras clave:
Conhecimento de si, Docência, Diferenças, Pesquisa (auto)biográficaResumen
O presente artigo pretende compreender de que maneira os docentes das escolas rurais lidam com a diferença na sala de aula e como o conhecimento de si pode possibilitar outros espaços de formação na escola da roça. Trata-se de uma pesquisa-formação em que as narrativas de formação se apresentaram numa perspectiva compreensiva e formativa. Utilizamos como dispositivos de pesquisa o memorial de formação e as entrevistas narrativas com sete professores da roça que atuam em escolas rurais da rede pública da Educação Básica no Território da Bacia do Jacuípe, interior da Bahia. Buscamos nos memoriais, evidenciar o conhecimento de si como objeto de formação e espaço formativo, visando (re)pensar o lugar da diferença nas escolas rurais. Este trabalho nos trouxe uma maior compreensão das variadas perspectivas formativas que o conhecimento de si desencadeia para o docente, possibilitando-nos perceber que na relação com as diferenças nos percursos formativos dos professores há uma invisibilização através do discurso produzido pela manutenção dos padrões estabelecidos pela mesmidade.
Descargas
Citas
AMIGUINHO, A. J. M. Escola em meio rural: uma escola portadora de futuro? Revista Educação, Santa Maria, v. 33, n. 1, p. 11-32, jan./abr. 2008.
CANDAU, Vera Maria Ferrão. Diferenças culturais, cotidiano escolar e práticas pedagógicas. Revista Currículo sem Fronteiras, v. 11, n. 2, p. 240-255, jul./dez. 2011.
JOSSO, Marie-Christine. Caminhar para si. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2010.
JOSSO, Marie-Christine. As narrações centradas sobre a formação durante a vida como desvelamento das formas e sentidos múltiplos de uma existencialidade singular-plural. Revista da FAEEBA: Educação e Contemporaneidade, Salvador, v. 17, n. 29, p. 17-30, jan./jun., 2008.
LARROSA, Jorge. Notas sobre experiências e o saber da experiência. Tradução de João Wanderley Geraldi. Revista Brasileira de Educação, São Paulo, n. 19, p. 20- 28, jan./fev./mar./abr. 2002.
PASSEGGI, Maria da Conceição. A experiência em formação. Revista Educação, Porto Alegre, v. 34, n. 2, p. 147-156, mai./ago. 2011.
PINEAU, Gaston. A autoformação no decurso da vida: entre a hetero e a autoformação. In: FINGER, M. NÓVOA, A. (Org.). O método (auto)biográfico e a formação. 2. ed. Natal: EDUFRN, 2014. p. 91-110.
PINHO, Ana Sueli Teixeira de. O tempo escolar e o encontro com o outro: do ritmo à simultaneidade. 2012. 274 f. Tese (Doutorado em Educação) Departamento de Educação – Universidade de Estado da Bahia, Salvador, 2012.
RIOS, Jane Adriana Vasconcelos Rios, NUÑEZ, Joana Maria Leôncio e FERNANDEZ, Osvaldo Francisco Ribas Lobos. Diversidade na educação básica: políticas de sentido sobre a formação docente. Revista da FAEEBA – Educação e Contemporaneidade, Salvador, v.25, n.45, p.101-112, jan/abr. 2016.
SOUZA, Elizeu Clementino. O conhecimento de si: estágio e narrativas de formação de professores. Rio de Janeiro: DP&A; Salvador: EDUNEB, 2006.