Sobre o inferno, a prisão e a sala de aula: narrativas, testemunhos e outras histórias

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.22.v7.n20.p52-68

Palabras clave:

Prisão, Escola, Narrativas, Professores, Egressos

Resumen

Pensar en la cárcel es también pensar en el sentido de la escuela. Por ello, este artículo reflexiona sobre las experiencias educativas en prisión. Me interesa aquí, a priori, comprender la práctica pedagógica de los docentes que actúan en los centros penitenciarios del Distrito Federal. Con esto pretendo comprender cómo se constituye la identidad docente y cómo la prisión la impacta. Posteriormente, busco analizar el impacto de la (no) provisión de educación en la vida de los ex internos, especialmente en el período posterior al encarcelamiento. Las narrativas de docentes y egresados ​​del sistema penitenciario del Distrito Federal fueron analizadas como parte de una investigación posdoctoral. Se optó por la investigación cualitativa, considerando los aspectos subjetivos del campo educativo. El análisis de las narrativas consideró el lugar del discurso de estos actores, observando las posibles intersecciones entre las historias narradas. Epistemológicamente, la prisión se presenta a partir de literatura testimonial y narrativas autobiográficas; el escenario de investigación y sus personajes, considerando las heridas del encarcelamiento y su selectividad criminal. Dialogamos con el concepto de experiencia e investigación narrativa como recurso metodológico. Se concluyó que la educación rompe procesos de despersonalización y borramiento social, aunque el trabajo del docente sea solitario. Al final, su acción pedagógica es emancipadora cuando se accede a ella en la cárcel.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Maria Luzineide Pereira da Costa Ribeiro, Universidade de Brasília

Pós-doutoranda do Programa de Pós-graduação em Direito, da Universidade de Brasília (UnB); Doutora em Teoria Literária e Literaturas (UnB). Participante do Grupo Candango de Criminologia (GCCRIM/UnB).

Citas

ALIGHIERI, Dante. A Divina Comédia: Inferno. 15ª ed. São Paulo: Editora 34, 2008.

ANDRADE, Vera Regina Pereira de. A ilusão de segurança jurídica: do controle da violência à violência do controle penal. 2ª edição. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2003.

BENTO, Conceição Aparecida. A prisão e a escrita: desagregação e agregação em Memórias do cárcere. Revista Brasileira de Literatura Comparada, v. 10, n. 12, p. 217-238, 2017. Disponível em: https://revista.abralic.org.br/index.php/revista/article/view/187/190. Acesso em: 15 fev. 2022.

CALIXTO, Clarice Costa. Mídia e castigo: a cobertura do Jornal Nacional sobre a prisão. 2019. 301 f. Tese (Doutorado em Direito) – Universidade de Brasília, Brasília, 2019.

CHIES, Luiz Antônio Bogo. A questão penitenciária. Tempo Social, v. 25, n. 1, p. 15-36, 2015. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ts/a/8xfHtHmshtcCyfjWc9RzbNj/?lang=pt. Acesso em: 15 fev. 2022.

CONNELLY, F. Michael; CLANDININ, D. Jean. Relatos de experiência e investigacion narrativa. In: LARROSA, Jorge. Déjame que te cuente: ensayos sobre narrativa y educación. Barcelona: Editorial Laertes, 1995. p. 11-60.

DAVIS, Angela. Estarão as prisões obsoletas? Tradução Marina Vargas. Editora Bertrand, Brasil, 2018.

DOSTOIÉVSKI, Fiódor. Recordações da casa dos mortos. São Paulo: Martin Claret, 2008.

FOUCAULT, Michael. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Trad. Raquel Ramalhete. 23. ed. Rio de Janeiro: Ed.Vozes, 1997.

GOFFMAN, Erving. Manicômios, Prisões e Conventos. São Paulo, Editora Perspectiva, 1990.

GOFFMAN, Erving. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade. Tradução: Mathias Lambert, v. 4, São Paulo: LTC, 1988.

LEMGRUBER, Julita. Prisões do Brasil. Um pacote de equívocos que gera e mantém o caos. IHU ON-LINE – Revista do Instituto Humanitas Unisinos, a. XV, nº 471, p. 31- 08, 2015. Disponível em: https://www.ihuonline.unisinos.br/artigo/6093-julita-lemgruber. Acesso em: 15 fev. 2022.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários para a prática educativa. São Paulo: Terra e Paz, 2011.

FREIRE, Paulo. Professora, sim; tia, não: cartas a quem ousa ensinar. Editora Paz e Terra, 2015.

GOODSON, Ivor. Narrativas em educação: a vida e a voz dos professores. Porto: Porto Editora, 2013.

HOSSNE, Andrea Saad. Autores na prisão, presidiários autores: anotações preliminares à análise de Memórias de um sobrevivente. Literatura e sociedade, v. 10, n. 8, p. 126-139, 2005. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2237-1184.v0i8p126-139

MANZINI, EJ. Entrevista semi-estruturada: análise de objetivos e de roteiros. Seminário internacional sobre pesquisa e estudos qualitativos, 2; 2004. Bauru: USC, 2004. CD-ROM. 10p. Disponível em: http://wp.ufpel.edu.br/consagro/files/2012/03/. Acesso em: 10 fev. 2022.

MENDES, Luiz Alberto. Memórias de um sobrevivente. Companhia das Letras, 2001.

MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994. 80 p.

MORAES, Ana Alcída de A. Histórias de leitura em narrativas de professoras: uma alternativa de formação. Manaus: Ed. da Universidade do Amazonas, 1999/2000.

RAMOS, Graciliano. Memórias do cárcere. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2008.

SALLA, Fernando. A retomada do encarceramento: as masmorras high tech e a atualidade do pensamento de Michel Foucault. Cadernos da FFC, v. 9, n. 1, p. 35-58, 2000. Disponível em: https://nev.prp.usp.br/wp-content/uploads/2015/01/down223.pdf. Acesso em: 15 fev. 2022.

SELIGMANN-SILVA, Márcio. Narrar o trauma: a questão dos testemunhos de catástrofes históricas. Psicologia clínica, v. 20, p. 65-82, 2008.

SOUZA, Elizeu Clementino de; MEIRELES, Mariana Martins de. Olhar, escutar e sentir: Modos de pesquisar-narrar em educação. Revista Educação e Cultura Contemporânea, v. 15, n. 39, p. 282-303, 2018. Disponível em: http://www.ppgmuseu.ffch.ufba.br/sites/ppgmuseu.ufba.br/files/elizeuclementino.pdf Acesso em: 15 fev. 2022.

RIBEIRO, Maria Luzineide P. da Costa. O mundo como prisão e a prisão no mundo: Graciliano Ramos e a formação do leitor em presídios do Distrito Federal. 2012. 160 f., il. Dissertação (Mestrado em Literatura) – Universidade de Brasília, Brasília, 2012.

ONOFRE, Elenice Maria Cammarosano (Org.). Educação Escolar entre as grades. São Carlos: EDUFSCAR, 2007.

PASSEGGI, Maria da Conceição; SOUZA, Elizeu Clementino de; VICENTINI, Paula Perin. Entre a vida e a formação: pesquisa (auto)biográfica, docência e profissionalização. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 27, n. 1, p. 369-386, abr. 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/edur/v27n1/v27n1a17.pdf. Acesso em: 5 jan. 2021.

PIMENTA, Victor Martins. Fundamentos para a política penal alternativa. ARACÊ – Direitos Humanos em Revista, A. 4, N. 5, p. 14-35, 2017. Disponível em: https://arace.emnuvens.com.br/arace/article/view/131/66. Acesso em: 12 jan. 2022.

PIMENTA, Selma Garrido; ANASTASIOU, Léa das Graças Camargos. Docência no

ensino superior. São Paulo: Cortez, 2002.

VEIGA, Ilma Passos Alencastro. A aventura de formar professores. Campinas: São Paulo, 2009.

Publicado

2022-05-14

Cómo citar

RIBEIRO, M. L. P. da C. Sobre o inferno, a prisão e a sala de aula: narrativas, testemunhos e outras histórias. Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica, [S. l.], v. 7, n. 20, p. 52–68, 2022. DOI: 10.31892/rbpab2525-426X.22.v7.n20.p52-68. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/rbpab/article/view/13831. Acesso em: 17 jul. 2024.