A escrita e o desvelamento da realidade vivida nos presídios brasileiros: uma leitura amorosa do livro Além das Grades, de Samuel Lourenço Filho
DOI:
https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.22.v7.n20.p18-37Palabras clave:
Escrita autobiográfica, Privação de liberdade, SobrevivênciaResumen
Este artículo tiene como objetivo comprender cómo el Estado trata a la persona privada de libertad, desde el punto de vista de un escritor, que vivió nueve años en la cárcel. Una inmersión en su escritura ácida, sensible y reveladora sobre la época en que estuvo preso. Fue hecha una lectura crítica de Além das Grades, crónicas de Samuel Lawrence Filho; que presenta un fuerte rasgo autobiográfico. A lo largo del trabajo fue imposible no relacionar las unidades prisionales por las que pasó el escritor con las condiciones experimentadas por los africanos esclavizados en Brasil. Se crearon dos recortes para la reflexión: identificar cómo el Estado trata al condenado y cómo el autor se ocupó de sus sentimientos, durante el cumplimiento de su sentencia, teniendo la escritura como instrumento de supervivencia, en un sistema extremadamente racista, injusto y perverso. Los interlocutores de esta investigación fueron bell hooks, por el sesgo trangresor; Angela Davis y la obsolescencia de las prisiones; Conceição Evaristo, por la “Escrevivência”; Paulo Freire, por esperanzar; Escravidão I y II, de Laurentino Gomes; Michel Foucault, Giles Deleuze; entre otros. El sistema penitenciário brasileño es racista, cruel e ineficiente en lo que debería ser su trabajo principal: preservar la integridad física y emocional de estos sujetos y promover la (re) integración social.
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