Jacintha Clotildes: de escravizada à “Sinhá Preta”

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2021.v6.n19.p1054-1069

Palabras clave:

Palavras-chave: mulher negra; escravidão; liberdade; raça; memória

Resumen

El propósito de este artículo es reconstituir aspectos de la trayectoria de Jacintha Clotildes do Amor Divino, una liberada de Sergipe de la primera mitad del siglo XIX, que se casó con un sacerdote, ascendió socialmente y, tras la muerte de su marido, se convirtió en administradora de un molino y propietaria de esclavos. A partir de ahí, el artículo problematiza cómo esta liberación ha sido celebrada en los dominios de la memoria por militantes políticos y sectores de los movimientos sociales de Sergipe, que la elevaron al nivel de la primera heroína negra de la historia del Estado

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Biografía del autor/a

Petrônio Domingues, Universidade Federal de Sergipe

Doutor em História Pela Universidade de São Paulo (USP); professor da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Bolsista Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Coordenador do Grupo de Pesquisa Pós-Abolição no Mundo Atlântico. 

Hiago Feitosa da Silva, Universidade Federal de Sergipe

Mestrando em História pelo Programa de Pós-Graduação em História (PROHIS) da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

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Publicado

2021-12-24

Cómo citar

DOMINGUES, P.; SILVA, H. F. da . . Jacintha Clotildes: de escravizada à “Sinhá Preta”. Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica, [S. l.], v. 6, n. 19, p. 1054–1069, 2021. DOI: 10.31892/rbpab2525-426X.2021.v6.n19.p1054-1069. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/rbpab/article/view/10660. Acesso em: 30 jun. 2024.