ES(INS)CRITAS DO CORPO DANÇANTE: NARRATIVAS SINGULARES E PLURAIS
DOI:
https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2017.v2.n4.p41-56Keywords:
narrativa, dança, autobiografia, educação somáticaAbstract
O presente texto discute a relação da dança com a narrativa. Primeiramente o artigo mostra que a narrativa pode ser enredo da dança e a dança pode ser uma narrativa. Posteriormente, discorre sobre a narrativa a partir do campo da Autobiografia e como pode potencializar a dança ao mesmo tempo em que da dança pode emergir narrativas autobiográficas. A partir da perspectiva de que criamos corpografias, o texto mostra como o trabalho com essas narrativas dançantes, com o aporte da Autobiografia e da Educação Somática, pode ser autoformativo, de importância tanto para artistas quanto para professores(as).
Downloads
References
ACASO, María. Reduvolution: hacer la revolución en la educación. Barcelona: Paidós, 2013.
BASTOS, Marcus. Práticas e políticas para criação de memoras culturais em ambientes programáveis. In: SILVA, Monica Toledo. Performances da memória. Belo Horizonte: Impressões de Minas, 2013. p. 179-216.
BÉZIERS, Marie-Madeleine.PIRET, Suzzane. A coordenação motora: aspecto mecânico da organização psicomotora do homem. 3ª Ed. São Paulo: Summus Editorial. 1992.
BOLÍVAR, Antonio. Dimensiones epistemológicas y metodológicas de la investigación (auto) biográfica. In: PASSEGI, Maria da Conceição. ABRAHÃO, Maria Helena Menna Barreto (org). Dimensões epistemológicas e metodológicas da pesquisa (auto)biográfica: Tomo I. Natal: EDUFRN; Porto Alegre: EDIPUCRS; Salvador: EDUNEB, 2012. p. 27-70.
BOURCIER, Paul. História da dança no ocidente. São Paulo: Martins Fontes 2001.
CONTRERAS, José. PÉREZ DE LARA, Núria. La experiencia y la investigación educativa In: CONTRERAS, José. PÉREZ DE LARA, Núria (comps). Investigar la experiencia educativa. Madrid: 2010, Ediciones Morata. p.21-86.
CONTRERAS, José. A autonomía de profesores. São Paulo: Cortez, 2002.
CUNHA, Jorge Luiz da. Pesquisas com (auto)biografias: interfaces em tempos de individuação. In: PASSEGI, Maria da Conceição. ABRAHÃO, Maria Helena Menna Barreto (org). Dimensões epistemológicas e metodológicas da pesquisa (auto)biográfica: Tomo I. Natal: EDUFRN; Porto Alegre: EDIPUCRS; Salvador: EDUNEB, 2012. p. 95-114.
DELORY-MOMBERGER, Christine. A pesquisa biográfica: projeto epistemológico e perspectivas metodológicas. In: PASSEGI, Maria da Conceição. ABRAHÃO, Maria Helena Menna Barreto (org). Dimensões epistemológicas e metodológicas da pesquisa (auto)biográfica: Tomo I. Natal: EDUFRN; Porto Alegre: EDIPUCRS; Salvador: EDUNEB, 2012. p. 71-94.
DOMINICÉ, Pierre. O processo de formação e alguns dos seus componentes relacionais. In: FINGER, Mathias. NÓVOA, Antonio. O método (auto) biográfico e a formação. São Paulo e Natal: Paulus e EDUFRN, 2010a. p.81-96.
______. O que a vida lhes ensinou. In: FINGER, Mathias. NÓVOA, Antonio. O método (auto) biográfico e a formação. São Paulo e Natal: Paulus e EDUFRN, 2010b. p.189-222.
FERNANDES, Ciane.Pina Bausch e o Wuppertal Dança-teatro: Repetição e Transformação. São Paulo: Editora Hucitec, 2007.
FERRAROTTI, Franco. Sobre a autonomia do método biográfico. In: FINGER, Mathias. NÓVOA, Antonio. O método (auto) biográfico e a formação. São Paulo e Natal: Paulus e EDUFRN, 2010. p.21-58.
FIGUEIREDO, Ricardo Carvalho de; PEREIRA, Ana Cristina (org). Formação, experiência e criação: curso educação infantil, infâncias e arte. 1. ed. Belo Horizonte: UFMG/FaE, 2014.
FORTIN, Sylvie. Quando a ciência da dança e a educação somática entram na aula técnica de dança. Pro-posições, Campinas, Unicamp, v. 9, n. 2 (26), p. 79-95, junho de 1998.
FORTUNA, Tânia Ramos. Ludobiografia: uma invenção metodológica em pesquisa (auto)biográfica em educação. In: PASSEGI, Maria da Conceição. ABRAHÃO, Maria helena Menna Barreto (org). Dimensões epistemológicas e metodológicas da pesquisa (auto)biográfica: Tomo II. Natal: EDUFRN; Porto Alegre: EDIPUCRS; Salvador: EDUNEB, 2012. p.165-202,
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17ª Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
GIORDANO, Davi. Teatro documentário brasileiro e argentino: o biodrama como a busca pela teatralidade do comum. Porto Alegre: Armazém Digital, 2014.
______. O Homem Vermelho: Dança, autobiografia e doença na cena contemporânea. In: Semana Acadêmica, Semana Japonesa, 1, 2015, São João Del Rei. ASCAT, São João Del Rei, UFSJ, n. 1, p. 83-93.
GREBLER, Betti. Pina Bausch e Maguy Marin: teatralidade e corporeidade contemporânea. In: XAVIER, Jussara; MEYER, Sandra; TORRES, Vera. Coleção Dança Cênica: Pesquisas em dança, vol. 1. Joinville: Letradágua, 2008.p. 101-107.
GREEN, Jill. Somatic knowledge: the body as content and methodology in dance education. Journal of Dance Education. Volume 2, Number 4, p. 114-118, 2002.
JOSSO, Marie-Christine. Experiências de vida e formação. São Paulo: Cortez, 2004.
KOFES, Suely. E sobre o corpo, não é o próprio corpo que fala? Ou, o discurso desse corpo sobre o qual se fala. In: BRUHNS, Heloisa T. (org). Conversando sobre o corpo.Campinas: Papirus, 1985. p. 44-60.
LANI-BAYLE, Martine. Narrativas de vida: motivos, limites e perspectivas. In: PASSEGI, Maria da Conceição. ABRAHÃO, Maria Helena Menna Barreto (org). Dimensões epistemológicas e metodológicas da pesquisa (auto)biográfica: Tomo II. Natal: EDUFRN; Porto Alegre: EDIPUCRS; Salvador: EDUNEB, 2012. p. 59-78
LARROSA, Jorge.Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Rev. Bras. Educ. [online]. 2002, n.19, p.20-28.
LEAL, Maria Lucia. Maquina da memória. In: TAVARES, Joana Ribeiro da Silva; KEISERMAN, Nara (org). O corpo cênico: entre a dança e o teatro. São Paulo: Annablume; Rio de Janeiro: Unirio; Capes, 2013. p.277-289.
MACHADO, Suely. A importância da memória e do olhar na construção de uma linguagem artística. In: INSTITUTO FESTIVAL DE DANÇA DE JOINVILLE, Seminários de Dança - Criação, ética, pa..ra..rá pa..ra..rá, modos de criação, processos que deságuam em uma reflexão ética. Instituto Festival de Dança de Joinville: Joinville, 2012. p.70-74.
MUNDIM, Ana Carolina. Danças brasileiras contemporâneas: um caledoscópio. São Paulo: Annablume, 2013.
OLIVEIRA, Valeska Fortes. A escrita como dispositivo na formação de professores. In: PERES, Lúcia Maria Vaz; ZANELLA, Andrissa Kemel (org). Escritas de autobiografias educativas: o que dizemos e o que elas nos dizem? Curitiba: CRV, 2011. p.123-135.
PERES, Bruna Bellinazzi. Desvelando memórias: afetos e autobiografia cênica. Rascunhos Uberlândia, v. 1 n. 1 p. 76-88, jan.jun. 2014
PERES, Lúcia Maria Vaz. No vai e vem da vida a escrita como um processo de (auto) formação. IN: PERES, Lúcia Maria Vaz; ZANELLA, Andrissa Kemel (org). Escritas de autobiografias educativas: o que dizemos e o que elas nos dizem? Curitiba: CRV, 2011.p.65-78.
RAMALHO, Betânia Leite. NUNEZ, Isauro Beltrán. GAUTHIER, Clermont. Formar o professor, profissionalizar o ensino: perspectivas e desafios. Porto Alegre: Sulina, 2004.
RIBEIRO, António Pinto. Por exemplo a cadeira: ensaio sobre as artes do corpo. Lisboa: Cotovia, 1997.
_____. Glória, glória ao corpo. In: RIBEIRO, António Pinto. Dança temporariamente contemporânea. Lisboa: Passagens, 1994. p. 9-21.
RIBEIRO, Mônica. Memórias na dança-improvisação: acontecimento do corpo. In: SILVA, Monica Toledo. Performances da memória. Belo Horizonte: Impressões de Minas, 2013. p. 46-59
SALOMÃO, Waly. O mel do melhor. Rio de Janeiro: Rocco, 2001.
SANTANA, Eduardo Augusto Rosa. Dança autobiográfica: multivocalidade do self encenado a partir e além da carne negra. 2010. 109 f. Dissertação (Mestrado em Dança) – Programa de Pós-Graduação em Dança, Universidade Federal da Bahia, Salvador-BA, 2010.
SHAPIRO, Sherry B. Em direção a professores transformadores: perspectivas feminista e crítica no ensino de dança. Pro-Posições, Campinas, Vol. 9, N° 2 (26), p. 35-53, Jun.1998.
SOUZA, Elizeu Clementino de. A arte de contar e trocar experiências: reflexões teórico-metodológicas sobre história de vida em formação. Revista Educação em Questão, Natal, EDUFRN, v. 25, n. 11, p.22-39, jan/abr. 2006.
STINSON, Susan. Uma pedagogia feminista para a dança da criança. Pro-posições, Campinas, Vol. 6, N. 3, p.77-89 , Nov-1995.
TIBURI, Marcia. ROCHA, Thereza. Diálogo dança. São Paulo: Editora SENAC, 2012.
TOLEDO, Monica. Memórias possíveis: eu em algum lugar. In: SILVA, Monica Toledo. Performances da memória. Belo Horizonte: Impressões de Minas, 2013. p. 60-79
TRAVI, Maria Tereza Furtado. Dançar-se: processos de criação em dança contemporânea. Cena em movimento, Porto Alegre, n. 3, s.n., 2013.
VIANNA, Angel. CASTILHO, Jacyan Percebendo o corpo. In: GARCIA, Regina Leite. O corpo que fala dentro e fora da escola. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. p. 17-34.
VIEIRA, Marcílio de Souza. A memória gruda na pele ou a dança madura do corpo. Art Research Brasil, V. 3, n. 2, p. 160 – 177, jul. / dez. 2016
WEGNER, Bárbara Pires. Reelaboração de uma trajetória através da escrita de um diário. In: PERES, Lúcia Maria Vaz; ZANELLA, Andrissa Kemel (org). Escritas de autobiografias educativas: o que dizemos e o que elas nos dizem? Curitiba: CRV, 2011.p.27-35.
WOODRUFF, Dianne. Treinamento na dança: visões mecanicistas e holísticas. Cadernos do GIPE-CIT, Salvador, n. 2, p. 17-30, fev. 1999.
ZANELLA, Andrisa Kemel. Onde está a biografia do meu corpo? IN: PERES, Lúcia Maria Vaz; ZANELLA, Andrissa Kemel (org). Escritas de autobiografias educativas: o que dizemos e o que elas nos dizem? Curitiba: CRV, 2011.p. 9-26.