Diários e inventários como processos formativos em dança

Autores

  • Neila Cristina Baldi Universidade Federal de Santa Maria

DOI:

https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2018.v3.n8.p711-725

Palavras-chave:

Dança, Autobiografia, Diário, Inventário pessoal

Resumo

O presente texto discute o uso de diários de bordo e de inventários pessoais na formação do(a) artistadocente de dança. A partir dos relatos de estudantes de cursos de graduação em Dança, o artigo mostra as narrativas produzidas por estes e como estas são (auto)formativas.  Para isso, o texto apresenta os conceitos de artistadocente e corpografias. Posteriormente, discorre sobre o uso de diários de bordo e de inventários pessoais. A presente discussão tem como principais aportes teóricos Fortuna (2012), Wegner (2011), Dominicé (2010) e Josso (2004). A partir da perspectiva de que criamos corpografias, o texto mostra como o trabalho com essas narrativas releva processos formativos e como a escrita das mesmas proporciona a construção do conhecimento como experiência e a formação de um(a) artistadocente reflexivo(a).

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Biografia do Autor

Neila Cristina Baldi, Universidade Federal de Santa Maria

Doutora em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Professora do Curso de Dança-Licenciatura da UFSM. Foi professora do Curso de Licenciatura em Dança da UESB.

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Publicado

2018-09-14

Como Citar

BALDI, N. C. Diários e inventários como processos formativos em dança. Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica, [S. l.], v. 3, n. 8, p. 711–725, 2018. DOI: 10.31892/rbpab2525-426X.2018.v3.n8.p711-725. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/rbpab/article/view/4446. Acesso em: 5 nov. 2024.