Narrativas sobre a saúde mental de adolescentes em tempos de coronavírus
DOI:
https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2021.v6.n17.p273-291Palavras-chave:
Adolescência, Coronavírus, Entrevista Narrativa, Escola, Saúde MentalResumo
Este artigo objetivou compreender a saúde mental de adolescentes no período de isolamento social, vivenciado a partir da pandemia mundial de Covid-19, buscando conhecer quais contextos de risco e proteção - ou seja, quais condicionantes aumentam a probabilidade de que se suceda alguma consequência indesejável a saúde e quais elementos estão ligados aos recursos pessoais e subjetivos que diminuem a produção do risco - estão disponíveis nas conexões existenciais formadas pelos adolescentes, investigadas através da entrevista narrativa e avaliada sob a perspectiva da análise de conteúdo pautada pela hermenêutica intercrítica. Os resultados foram organizados em três temas: repercussões da vivência em quarentena, a quarentena como ponte de aproximação intrafamiliar e os sentidos manifestos pelo afastamento temporário da escola. Notou-se um grau de sofrimento psíquico relevante na vivência dos estudantes na quarentena, ainda que a maioria tenha criado projetos de sentido para o enfrentamento dessas condições e tido a família como rede de apoio. Atestou-se como significação coletiva o reconhecimento da importância da escola na proteção das condições de vida dos adolescentes. Conclui-se que o isolamento social proporcionou um momento de contemplação dos estudantes frente a esse período extraordinário. Assim com, ratificou-se a importância da escola pública na vivência de adolescentes.
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