Memórias de professoras: tecendo ‘cineconversas’ com o incrível exército de brancaleone

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2020.v5.n16.p1577-1594

Palavras-chave:

Memórias de professoras, ‘Cineconversas’, Cotidianos escolares, Redes educativas

Resumo

Ao tecer ‘cineconversas’, com O incrível exército de Brancaleone, três professoras ‘atualizam’ o filme que traz, de forma satírica, entre outros temas, a peste ‘negra’, na Europa. As ‘artes dos fracos’ e as ‘táticas do fazer crer’, questões pertinentes ao artigo e presentes na obra de Certeau, interessam às pesquisadoras que conversam através de experiências com o filme escolhido em função do paralelo com a Pandemia de 2020. As conversas com imagens e sons são problematizadas, a partir das ideias de Deleuze sobre cinema. O artigo possui três momentos: o primeiro traz lembranças de uma jovem (futura professora), que relembra o impacto causado pelo filme em sua estreia, em 1967, no Rio de Janeiro. A partir daí, são as reminiscências de uma professora, que usa o mesmo filme em projetos de Cinema e História, por volta dos anos 2000, que dão o tom à narrativa. Finalmente, uma terceira professora que não conhecia o filme, se propõe a assisti-lo e a pesquisar na internet matérias de divulgação e críticas, evidenciando uma prática de leitura cada vez mais frequente em nossos dias.

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Biografia do Autor

Rebeca Silva Brandão, Universidade do Estado do Rio de Janeiro / Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro (UERJ/PCRJ-SME).

Doutora e Mestre em Educação (ProPEd / UERJ), Pedagoga (UERJ, 2010), professora da rede de ensino do município do Rio de Janeiro, mediadora do CEDERJ / UERJ. Membro do GRPesq "Redes educativas, currículos, imagens e sons", coordenado pela Profª Nilda Alves.

Rosa Helena Mendonça, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutorado em Educação pelo ProPEd/UERJ. Atuou como professora na Rede Municipal de Ensino do Rio de Janeiro e na Universidade Estácio de Sá. Coordenou a equipe pedagógica da TV Escola (MEC). Integra o Grupo de Pesquisa ‘Currículos, redes educativas e imagens’ (ProPEd/UERJ), como bolsista PNPD/CAPES-FAPERJ, em estágio pós-doutoral. Tem experiência nas áreas de cotidianos, linguagens e currículos, com ênfase nas relações televisão e educação e cinema e educação.

Rossana Papini, Instituto do Noroeste Fluminense de Educação Superior/ Universidade Federal Fluminense (INFES/UFF)

Doutora em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. É professora Adjunta da Universidade Federal Fluminense, atuando no INFES (Instituto do Noroeste Fluminense de Educação Superior), junto ao Departamento de Ciências Humanas (PCH). Integra o GRPesq Currículos, redes educativas, imagens e sons (ProPEd/UERJ). Tem experiência nas áreas de Educação Popular e Educação do Campo, Currículo e ensino de História, História Oral, Etnografia e Educação, Histórias de Vida de Professores (memórias, narrativas), Cotidianos e Culturas Escolares, Pesquisa (Auto) Biográfica, Cinema e Educação.

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Publicado

2020-12-29

Como Citar

SILVA BRANDÃO, R.; MENDONÇA, R. H.; PAPINI, R. Memórias de professoras: tecendo ‘cineconversas’ com o incrível exército de brancaleone. Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica, [S. l.], v. 5, n. 16, p. 1577–1594, 2020. DOI: 10.31892/rbpab2525-426X.2020.v5.n16.p1577-1594. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/rbpab/article/view/9194. Acesso em: 27 abr. 2024.