O que dizem os memes da educação na pandemia? Dilemas e possibilidades formativas

Autores

  • Tania Lucía Maddalena Professora colaboradora no Programa de Pós-graduação Formação de Professores para o Ensino Médio, Formação Profissional e Ensino de Línguas na Universidade Internacional de La Rioja (UNIR/Espanha). Membro do Grupo de Pesquisa Docência e Cibercultura (GPDOC). http://orcid.org/0000-0002-3949-6491
  • Dilton Ribeiro Couto Junior Pós-doutorando (bolsista PNPD/CAPES) e professor no Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação em Periferias Urbanas (PPGECC) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro/Baixada Fluminense (UERJ/FEBF). Membro do Núcleo de Estudos Diferenças, Educação, Gênero e Sexualidades (NUDES). http://orcid.org/0000-0002-5221-7135
  • Marcelle Medeiros Teixeira Mestranda (bolsista FAPERJ) no Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação em Periferias Urbanas (PPGECC) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro/Baixada Fluminense (UERJ/FEBF). Membro do Núcleo de Estudos Diferenças, Educação, Gênero e Sexualidades (NUDES). http://orcid.org/0000-0002-1799-2769

DOI:

https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2020.v5.n16.p1518-1534

Palavras-chave:

Pandemia, Memes, EaD, Educação online, Ensino remoto

Resumo

O trabalho se propõe a discutir as imagens-dizeres expressos nos memes produzidos no contexto da COVID-19, doençadescoberta na China após casos registrados em dezembro de 2019 pelo novo coronavírus SARS-CoV-2. Devido ao seu alto poder de transmissão, em apenas três meses foi declarada a pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em meio ao foco na contenção da circulação do vírus em escala global e às reconfigurações das práticas culturais, cabe a nós, pesquisadores do campo educacional, pensar sobre as implicações dessa pandemia para os processos formativos cotidianos no contexto da cibercultura. Os memes analisados, capturados nas redes sociais Facebook, Twitter e WhatsApp entre os meses de março e junho de 2020, retratam nossa preocupação diante do aumento significativo de instituições de Educação Básica e de Ensino Superior que estão optando pela Educação a Distância (EaD) e por práticas de ensino remoto. Concluímos argumentando que as tecnologias digitais, por si só, não são capazes de revolucionar os processos de ensinar-aprender e que a pandemia pode ser uma oportunidade importante para professoras/es colocarem em prática uma reflexão sobre suas próprias dinâmicas pedagógicas, fazendo da internet um campo de experimentação educacional prazeroso em tempos de isolamento físico.

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Biografia do Autor

Tania Lucía Maddalena, Professora colaboradora no Programa de Pós-graduação Formação de Professores para o Ensino Médio, Formação Profissional e Ensino de Línguas na Universidade Internacional de La Rioja (UNIR/Espanha). Membro do Grupo de Pesquisa Docência e Cibercultura (GPDOC).

Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (ProPEd) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Professora colaboradora no Programa de Pós-graduação Formação de Professores para o Ensino Médio, Formação Profissional e Ensino de Línguas na Universidade Internacional de La Rioja (UNIR/Espanha). Membro do Grupo de Pesquisa Docência e Cibercultura (GPDOC).

Dilton Ribeiro Couto Junior, Pós-doutorando (bolsista PNPD/CAPES) e professor no Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação em Periferias Urbanas (PPGECC) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro/Baixada Fluminense (UERJ/FEBF). Membro do Núcleo de Estudos Diferenças, Educação, Gênero e Sexualidades (NUDES).

Pós-doutorando (bolsista PNPD/Capes) e professor no Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação em Periferias Urbanas (PPGECC) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro/Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (UERJ/FEBF). Membro do Núcleo de Estudos Diferenças, Educação, Gênero e Sexualidades (NUDES).

Marcelle Medeiros Teixeira, Mestranda (bolsista FAPERJ) no Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação em Periferias Urbanas (PPGECC) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro/Baixada Fluminense (UERJ/FEBF). Membro do Núcleo de Estudos Diferenças, Educação, Gênero e Sexualidades (NUDES).

Mestranda (bolsista FAPERJ) no Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação em Periferias Urbanas (PPGECC) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro/Baixada Fluminense (UERJ/FEBF). Membro do Núcleo de Estudos Diferenças, Educação, Gênero e Sexualidades (NUDES).

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Publicado

2020-12-29

Como Citar

MADDALENA, T. L.; COUTO JUNIOR, D. R.; TEIXEIRA, M. M. O que dizem os memes da educação na pandemia? Dilemas e possibilidades formativas. Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica, [S. l.], v. 5, n. 16, p. 1518–1534, 2020. DOI: 10.31892/rbpab2525-426X.2020.v5.n16.p1518-1534. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/rbpab/article/view/9184. Acesso em: 22 dez. 2024.