Conhecendo mais sobre a ludicidade, formação de professores e ensino de matemática no curso de pedagogia da UFSCAR

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2019.v4.n10.p264-282

Palavras-chave:

Formação inicial, Ensino de matemática, Anos iniciais, Ludicidade, Narrativas.

Resumo

Este artigo, recorte de tese de doutoramento, objetivou caracterizar as propostas presentes nos documentos de constituição do curso de Pedagogia da UFSCar, quanto à ludicidade e ao professor que ensinará matemática, nos anos iniciais, para entender o lugar que essas questões ocupam no curso. Para isso, respaldamo-nos nos pressupostos de uma pesquisa narrativa, elegendo-a como a melhor forma de compreender a experiência e abraçando as narrativas, simultaneamente, como método e como fenômeno a ser estudado. Essas narrativas foram analisadas, portanto, tendo em vista o seguinte movimento narrativo: olhar ao que propõe o curso de Pedagogia da UFSCar em busca de indícios de como se dá essa formação e como foi significada pelas estudantes. Foi a partir do olhar para o Projeto Pedagógico que percebemos que há uma supervalorização de um perfil específico de formação. Pelo histórico do curso e sua ligação, desde a criação, com as questões de orientação e administração escolar, e pelo que nos apresentaram as estudantes, notamos que se priorizou um determinado aspecto da formação em detrimento de outros. Uma maior preocupação com a formação do professor que ensinará matemática nos anos iniciais e a sua formação lúdica, por exemplo, foram silenciadas no documento.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Américo Junior Nunes da Silva, Universidade do Estado da Bahia

Licenciado em Matemática, Especialista em Educação Matemática e em Psicopedagogia Institucional e Clínica, Mestre em Educação pela Universidade de Brasília (UnB) e Doutor em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Integra os Grupos de Estudos e Pesquisas em Educação Matemática (CNPq/UFSCar), Aprendizagem Lúdica: Pesquisas e Intervenções em Educação e Desporto (CNPq/UnB) e Formação de Professor e Currículo (CNPq/Uneb). É professor da Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Educação do Campus VII-Senhor do Bonfim.

Cármen Brancaglion Passos, Universidade Federal de São Carlos

Mestre em Educação: Metodologia de Ensino (Unicamp), Doutora em Educação: Educação Matemática (Unicamp). Realizou Pós-Doutorado na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (2008) e na Faculdade de Educação na USP (2016-2017). Professora Titular da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Departamento de Teorias e Práticas Pedagógicas. Coordenou o PPGE UFSCar (2010 a 2015). Coordena o Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Matemática (GEM) na UFSCar. Pesquisadora do grupo PRAPEM/GEPFPM na Unicamp. Bolsista CNPq Produtividade.

Referências

ALMEIDA, M. B. A formação inicial de professores no curso de Pedagogia: constatações sobre a formação matemática para a docência nas séries iniciais do Ensino Fundamental. 2009. 177 f. Dissertação (Mestrado em Educação para a Ciência e a Matemática) – Programa de Pós-Graduação em Educação para Ciências e Matemática, Universidade Estadual de Maringá, UEM, Maringá, PR, 2009. Orientadora: Maria das Graças de Lima. Disponível em: <http://www.pcm.uem.br/?q=node/80&min=50&man=60a>. Acesso em: 04 abr. 2019.

APPLE, M. La entrevista autobiográfica narrativa: fundamentos teóricos y la praxis del análisis mostrada a partir del estudio de caso sobre el cambio cultural de los Otomíes en México. Forum: Qualitative Social Research, Mexico, v. 6, n. 2, p. 1-35, mai. 2005.

BRASIL. Parecer CNE/CP nº 09, de 08 de maio de 2001. Institui as diretrizes curriculares nacionais para a formação de professores da educação básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Brasília, DF: MEC, 2001.

______. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Pedagogia. Parecer CP/CNE 05_2005, homologação publicada no DOU 15/05/2006, Seção 1, p. 10. Parecer CP/CNE 03_2006, homologação publicada no DOU 11/04/2006, Seção 1, p. 19. Resolução CP/CNE 01/2006, publicada no DOU 16/05/2006.

CLANDININ, D. J.; CONNELLY, F. M. Pesquisa narrativa: experiência e história em pesquisa qualitativa. Uberlândia, MG: EDUFU, 2015.

CRECCI, V. M. Desenvolvimento profissional de educadores matemáticos participantes de uma comunidade fronteiriça entre escola e universidade. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2016.

CURY, H. N. Concepções e crenças dos professores de matemática: pesquisas realizadas e significado dos termos utilizados. Bolema – Boletim de Educação Matemática, Rio Claro, v. 12, n. 13, p. 29-43, 1999.

GATTI, B. Formação de professores no Brasil: características e problemas. Educação e Sociedade, Campinas, v. 31, n. 113, p. 1355-1379, out./dez. 2010.

HUIZINGA, J. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 7. ed. São Paulo: Perspectiva, 2012.

KISHIMOTO, Tizuko M. Jogos infantis: o jogo, a criança e a educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1993.

LARROSA BONDÍA, J. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 2, n. 19, p. 21-28, jan./abr. 2002.

MAFFIOLETTI, L. D. A. Reflexões sobre os fundamentos do método (auto)biográfico: inventando relações. In: BRAGANÇA, I. F. D. S.; ABRAHÃO, M. H. M. B.; FERREIRA, M. S. (Orgs.). Perspectivas epistêmico-metodológicas da Pesquisa (auto)biográfica. Curitiba: Editora CRV, 2016. p. 51-66.

NÓVOA, A. Os professores e sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1992.

OLIVEIRA, R. M. M. A. Narrativas de formação: aspectos da trajetória como estudante e experiências de estágio. Interacções, Lisboa, v. 7. n. 18, p. 229-245, 2011.

PALMA, R. C. D. D.; MOURA, A. R. L. D. Formação inicial de professores e a produção de sentidos sobre o aprender e ensinar matemática. Revista Educação Pública, Cuiabá, v. 21, n. 47, p. 639-659, dez. 2012.

PEREIRA, B.; MUSSI, C.; KNABBEN, A. Se sua empresa tiver um diferencial competitivo, então comece a recriá-lo: a influência da criatividade para o sucesso estratégico organizacional. In: ENANPAD, 22., Foz do Iguaçu, 1999. Anais... Foz do Iguaçu: ANPAD, 1999.

PIMENTA, S. G. Formação de professores – Saberes da docência e identidade do professor. Revista Faculdade de Educação, São Paulo, v. 22, n. 2, p. 72-89, jul. 1996.

PIMENTA, S. G. Formação de professores: identidade e saberes da docência. In: PIMENTA, S. G. (Org.). Saberes pedagógicos e atividade docente. São Paulo: Cortez, 1999. p. 15-34.

ROCHA, M. S. Professores polivalentes das séries iniciais do Ensino Fundamental: concepção da formação e do ensino de Matemática. 2005. 269 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Católica Dom Bosco, Campo Grande, MS, 2005. Disponível em: <http://site.ucdb.br/public/md-dissertacoes/7945-Professorespolivalentes-das-series-iniciais-do-ensino-fundamental-concepcao-da-formacao-e-doensino-de-matematica.pdf>. Acesso em: 01 abr. 2019.

SANTOS, S. M. P.; CRUZ. D. R. M. O. O lúdico na formação do educador. 9. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.

SÃO CARLOS. Resolução nº 315/97-CEPE, de 03 de outubro de 1997, do Conselho de Ensino e Pesquisa da Universidade Federal de São Carlos. Diário Oficial da União, 1997.

_______. Projeto Pedagógico do Curso de Licenciatura em Pedagogia. Adequado à Resolução CNE/CP Nº. 01, de 15 de maio de 2006 e Aprovado no Conselho de Graduação, em 12 de dezembro de 2011. São Carlos: UFSCAR, 2012.

SERRAZINA, M. D. L. M. A formação para o ensino de matemática: perspectivas futuras. In: SERRAZINA, M. D. L. M. (Org.). A formação para o ensino da matemática na educação pré-escolar e no 1° ciclo do ensino básico. Porto: Porto Editora, 2002. p. 9-19.

SILVA, A. J. N. D. S. A formação inicial do educador matemático: o "x" da questão. In: SÁ, A. V. M. D. et al. (Orgs.). Ludicidade e suas interfaces. Brasília, DF: Liber Livros, 2013. p. 159-172.

_______. A ludicidade no laboratório: considerações sobre a formação do futuro professor de matemática. Curitiba: Editora CRV, 2014.

SILVA, A. J. N. D. S.; PASSOS, C. L. B. Ensinar matemática: o que dizem as narrativas sobre a formação e futura prática profissional. In: CONGRESSO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES (CNFP), 3.; CONGRESSO ESTADUAL PAULISTA SOBRE FORMAÇÃO DE EDUCADORES (CEPFE), 13., 2016a, Águas de Lindóia. Anais... Águas de Lindóia: Unesp, 2016a. p. 56-60.

SILVA, A. J. N. D. S.; PASSOS, C. L. B. O diário reflexivo do professor que ensinará matemática nos anos iniciais: o que revelam sobre a formação e futura prática profissional. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE PESQUISA (AUTO)BIOGRÁFICA, 7., 2016b, Cuiabá. Anais do Congresso Internacional de Pesquisa (auto)Biográfica. Cuiabá: UFMT, 2016b. p. 80-92.

SILVA, A. J. N. D. S.; PASSOS, C. L. B. P. Querido diário: o que dizem as narrativas sobre a formação e futura prática do professor que ensinará matemática nos anos iniciais. HIPÁTIA – Revista Brasileira de História, Educação e Matemática, Campos do Jordão, v. 1, n. 1, p. 46-57, dez. 2016c.

TAQUES FILHO, L. S. A formação matemática de futuros pedagogos-professores das séries iniciais do Ensino Fundamental. 2012. 141 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Pontifícia Universidade Católica, PUC-PR, Curitiba, 2012. Orientadora: Neuza Bertoni Pinto. Disponível em: <http://www.biblioteca.pucpr.br/tede/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2348>. Acesso em: 01 abr. 2019.

WELLER, W.; ZARDO, S. P. Entrevista narrativa com especialista: aportes metodológicos e exemplificação. Revista da FAEEBA – Educação e Contemporaneidade, Salvador, v. 22 , n. 40, p. 131-143, jul./dez. 2013.

Downloads

Publicado

2019-04-19

Como Citar

SILVA, A. J. N. da; PASSOS, C. B. Conhecendo mais sobre a ludicidade, formação de professores e ensino de matemática no curso de pedagogia da UFSCAR. Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica, [S. l.], v. 4, n. 10, p. 264–282, 2019. DOI: 10.31892/rbpab2525-426X.2019.v4.n10.p264-282. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/rbpab/article/view/5807. Acesso em: 13 nov. 2024.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)