Cartas narrativas sobre cotidianos escolares: movimentos de palavras faladas e palavras escritas

Resumo

Pensar e fazer escola, reconhecendo a complexidade de seu cotidiano e a construção de conhecimentos que ali acontecem exige de trabalhadores/pesquisadores/investigadores da educação a compreensão da escrita como uma possibilidade de relatos da experiência, de registros do cotidiano e também da possibilidade de um convite a conversas sobre seus tempos, espaços e interações. Freire já nos dizia que a Escola é feita de gente. Gente que tem história, experiência e conhecimento. Gente que é praticante do seu cotidiano. Gente que está em encontro. Encontros que precisam ser contados, narrados, revisitados. Encontros que transformam. Esse texto busca tecer uma conversa-escrita sobre cartas narrativas, aqui compreendidas como possibilidades do exercício da palavra falada e da palavra escrita. A concepção de cartas narrativas é assumida e apresentada como de reencontro com a narrativa, com a pesquisa educativa que se vive, com as memórias e as escutas da docência que nos remetem documentar  experiências de vida e formação.