Narrativas sobre Mauro: vozes/intérpretes do legado do cineasta ao cinema brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2021.v6.n18.p470-489Palavras-chave:
Aprendizados de cinema. Trajetória cinematográfica. Polo Audiovisual.Resumo
Aprendizados e percursos intergeracionais, gestados na rede de relações da qual participava Humberto Mauro, em Minas Gerais, deram origem ao Ciclo de Cinema de Cataguases, que compôs o primeiro movimento de produção contínua de filmes da história do cinema brasileiro – o dos ciclos regionais – e, um século depois, ao Polo Audiovisual da mesma cidade, que, em meio à crise que atingiu a cultura, vem conseguindo manter sua produção. Este artigo articula narrativas sobre o legado de Mauro para os modos de pensar e de fazer filmes no Brasil: duas biografias, uma escrita por Ronaldo Werneck, outra, em linguagem audiovisual, realizada por André Di Mauro; duas historiografias biográficas, a de Paulo Emílio Salles Gomes e a de Sheila Schwartzman; o artigo de crítica cinematográfica, do cineasta Glauber Rocha, que ressignificou a trajetória de Mauro na história e memória do cinema brasileiro; e entrevistas concedidas por continuadores da rede de aprendizagem de cinema que os precedeu. Na sistematização e articulação das narrativas, identificamos as percepções dos narradores acerca do papel desempenhado por essa rede na formação de Mauro e acerca do legado do cineasta na configuração do cinema brasileiro.
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