Permanência e êxito de mulheres na EJA-EPT: possibilidades e desafios do IFRS

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DOI :

https://doi.org/10.29378/plurais.2447-9373.2022.v7.n.14053

Mots-clés :

Acesso, Permanência, Êxito, Proeja/IFRS, mulheres estudantes

Résumé

O artigo resulta de uma pesquisa coordenada por docentes do Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT/IFRS) e discute a inclusão de mulheres em processo de retorno à vida escolar à luz do Plano Estratégico de Permanência e Êxito do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (PEPE/IFRS). Com vistas à qualificação para a inserção no mercado de trabalho, a busca por melhores condições de vida e a expectativa de projetos de realização pessoal, o retorno aos bancos escolares não as exime de se depararem com as determinações sociais de gênero e os obstáculos decorrentes, que se reproduzem também no plano acadêmico. O propósito deste artigo é a análise das implicações das determinações sociais de gênero com respeito à permanência e êxito das estudantes, que retomam os estudos em cursos profissionais, especificamente, na modalidade EJA-EPT. Contudo, compreende-se indissociável refletir sobre a permanência sem identificar as causas da evasão, pensar sobre o êxito sem delinear os espaços escolares que sustentam a retenção e reconhecer que ambos, evasão e reprovação, são os pilares do fracasso escolar.  Os dados que sustentam a referida análise estão disponíveis no Observatório de Permanência e Êxito do IFRS e, por meio dos indicadores classificados como fatores individuais, fatores internos à instituição, e os fatores externos à instituição tornam centrais as categorias de gênero e de classe, as quais refletem a profunda desigualdade social e de acesso aos bens sociais. Os resultados da análise acenam à necessidade de prevenção sobre os sinais de possíveis evasões e exigem estratégias que incidam sobre cada um dos fatores indicados e na complexidade que envolve a relação entre os fatores. As medidas devem ser capazes de viabilizarem a permanência das mulheres, considerando o contexto que compreende as condições socioeconômicas, horários incompatíveis de aulas e trabalho, dificuldades de aprendizagem, entre outros.

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Maria Cristina Caminha de Castilhos França, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul

Doutora em Antropologia Social (UFRGS). Mestre em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2002). Possui graduação em Bacharelado e Licenciatura em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1997). Professora e Pesquisadora do IFRS (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Porto Alegre). Desenvolveu projeto de Pós-doutorado no BIEV (Banco de Imagem e Efeitos Visuais)/UFRGS. Atua como docente no Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT) em Rede e docente colaboradora no Programa de Pós-graduação Educação em Ciências: química para a vida e saúde (PPGQVS/UFRGS). É Editora-chefe da Revista ScientiaTec, periódico do IFRS. Sua experiência na área de Antropologia tem ênfase em Antropologia Urbana, atuando principalmente nos seguintes temas: memória, envelhecimento, alimentação, representação social, família, genealogia, relação geracional e imagem, ofícios e profissões.

Clarice Monteiro Escott, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul

Possui Licenciatura em Pedagogia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1982), Mestrado em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2000) e Doutorado em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2008). Atualmente é professora EBTT do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), docente permanente e Coordenadora do Mestrado em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT/IFRS) e membro do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Profissional e Tecnológica. Tem experiência na área de Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: educação profissional técnica e tecnológica, currículo e avaliação.

Lucília Regina de Souza Machado, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul

Professora titular aposentada da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (1980-2001).  Integra, atualmente, o Núcleo de Estudos Sobre Trabalho e Educação - Nete (UFMG) .  Atua principalmente nos seguintes temas: atividade humana, técnica e tecnologia; pedagogia do trabalho; trabalho-educação; formação humana; trabalho como princípio educativo; escola unitária; politecnia; teoria da atividade; educação escolar e em espaços não-escolares; educação profissional e tecnológica; formação de professores da educação profissional; educação de jovens e adultos; ensino médio integrado; pedagogias alternativas; gestos profissionais; trabalho e profissão docente; gestão escolar; gestão social; políticas sociais; políticas públicas; desenvolvimento profissional; economia social; inovação social; desenvolvimento local. Mantém ininterrupta produção intelectual com publicações científicas periódicas.

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Publié-e

2022-05-19

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FRANÇA, M. C. C. de C.; ESCOTT, C. M.; MACHADO, L. R. de S. . Permanência e êxito de mulheres na EJA-EPT: possibilidades e desafios do IFRS. Plurais - Revista Multidisciplinar, Salvador, v. 7, p. 1–22, 2022. DOI: 10.29378/plurais.2447-9373.2022.v7.n.14053. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/plurais/article/view/14053. Acesso em: 25 nov. 2024.

Numéro

Rubrique

Dossiê Temático: Mulheres na Educação Profissional e Tecnológica