USO E CONHECIMENTO DE PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS PELAS MULHERES DA COMUNIDADE MENDES, LIMOEIRO, PERNAMBUCO, BRASIL
Palabras clave:
etnobotânica, comunidades não tradicionais, planta medicinal.Resumen
O presente estudo, desenvolvido junto às mulheres da comunidade Mendes do município de Limoeiro (Pernambuco), visou registrar o conhecimento empírico de comunidades não tradicionais acerca dos usos e manejo de plantas medicinais para garantir acesso futuro a esse conhecimento. Foram selecionadas 46 informantes de acordo com sua disponibilidade em participar da pesquisa. As entrevistas foram realizadas com o auxílio de formulário semiestruturado e conversas informais. Na primeira fase, investigaram-se as plantas medicinais conhecidas, suas indicações, partes utilizadas, formas de obtenção e preparo; na segunda etapa da pesquisa foram entrevistadas as mulheres anteriormente contatadas e se inquiriu sobre porquê se interessaram em aprender sobre plantas medicinais, com quem aprenderam, a idade em que se encontravam quando iniciaram o aprendizado e se já haviam ensinado a alguém; a frequência de uso das espécies e a preferência entre remédios feitos à base de plantas e os farmacêuticos. As espécies vegetais citadas somaram um total de 110 plantas, posicionadas em 52 famílias e 97 gêneros de Magnoliophyta. As mulheres da comunidade Mendes possuem um apreciável conhecimento acerca dos recursos da flora local com potencial terapêutico. O tratamento de diversos tipos de doenças com plantas medicinais é preferencialmente adotado, e as espécies utilizadas são obtidas especialmente em quintais residenciais. Pouco menos da metade das espécies utilizadas é nativa do bioma caatinga, predominando as introduzidas. Myracrodruon urundeuva Allemão e Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm., espécies nativas ameaçadas de extinção, não se configuram no elenco das mais importantes.
Descargas
Citas
ALBUQUERQUE, U. P.; LUCENA, R. F. P.; ALENCAR, N. L. Métodos e técnicas para a coleta de dados etnobotânicos. In: ALBUQUERQUE, U. P.; LUCENA R. F. P.; CUNHA, L. V. F. C. C. (Org.). Métodos e técnicas na pesquisa etnobotânica. 2. ed. Recife: COMUNIGRAF, 2008.
ALBUQUERQUE, U. P.; CAVALCANTI, L. H.; CABALLERO, J. Structure and floristics of homegardens in northeastern Brazil. Journal of Arid Enviroments, v. 62, n. 3, p. 491-506, 2005.
AMOROZO, M. C. M. Uso e diversidade de plantas medicinais em Santo Antonio do Leverger, MT, Brasil. Acta botanica brasílica, v. 16, n. 2, p. 189-203, 2002.
BACCHINI, E. M. Controle de qualidade de fitoterápicos. In: DI STASI, C. (Org.). Plantas medicinais: arte e ciência. Um guia de estudo interdisciplinar. São Paulo: Universidade Estadual Paulista, 1996.
BENNET, B. C.; PRANCE, G. T. Introduced plants in the indigenous pharmacopoeia of Northern South America. Economic Botany, v. 54, p. 90-102, 2000.
BERG, M. E. V. D. Plantas medicinais na Amazônia: contribuição ao seu conhecimento sistemático. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, 1993.
CARRARA, D. P. O pensamento médico popular. Rio de Janeiro: Ribro Soft Editoria e Informática Ltda., 1995.
FLORENTINO, A. T. N.; ARAUJO, E. L.; ALBUQUERQUE, U. P. Contribuição de quintais florestais na conservação de plantas da Caatinga, Município de Caruaru, PE, Brasil. Acta botanica brasílica, v. 21, n. 1, p. 37-47, 2007.
GUARIM-NETO, G. Plantas utilizadas na medicina popular do Estado de Mato Grosso, Brasil. Brasília: MCT/CNPq, 1987.
HEISER JR., C. B. Sementes para a civilização: a história da alimentação humana. São Paulo: Nacional/EDUSP, 1977.
IBGE. Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo populacional-2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2010. Disponível em <http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=250570&search=paraiba|dona-ines|infograficos:-informacoes-completas>. Acesso em: 03 de nov 2014.
LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2. ed. Nova Odessa: Plantarum, 2008.
MARODIN, S. M.; BAPTISTA, L. R. M. O uso de plantas com fins medicinais no município de Dom Pedro de Alcântara, Rio Grande do Sul, Brasil. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 4, n. 1, p. 57-68, 2001.
OLIVEIRA, G. L. Etnobotânica nordestina: plantas medicinais da comunidade Muribeca (Jaboatão dos Guararapes – PE, Brasil). 2007. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2007.
OLIVEIRA, F. C. S.; BARROS, R. F. M.; MOITANETO, J. M. Plantas medicinais utilizadas em comunidades rurais de Oeiras, semiárido piauiense. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 12, n. 3, p. 282-301, 2010.
POSEY, D. A. Etnobiologia e etnodesenvolvimento: importância da experiência dos povos tradicionais. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE MEIO AMBIENTE, POBREZA E DESENVOLVIMENTO DA AMAZÔNIA, Belém, 1992. Anais... Belém: Governo do Estado do Pará, p. 112-117, 1992.
SILVA, F.; CASALI, V. W. D. Plantas medicinais e aromáticas: pós-colheita e óleos essenciais. 2. ed. Viçosa: UFV, DFT, 2000.
SIMÕES, C. M. O. Plantas da medicina popular do Rio Grande do Sul. 3. ed. Porto Alegre: Editora da Universidade/ UFRGS, 1998.
SIMONE, C.; LIMA, M. I. S.; NORDI, N. Plantas medicinais relatadas pela comunidade residente na Estação Ecológica de Jataí, município de Luís Antônio/SP: uma abordagem etnobotânica. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 3, n. 1, p. 51-60, 2000.
SOARES, M. A. A.; BRAGA, J. R. P.; MOURÃO, A. É. B.; PARENTE, K. M. S.; PARENTE-FILHO, E. G. Levantamento etnobotânico das plantas medicinais utilizadas pela população do município de Gurinhém – Paraíba. Revista Homem, Espaço e Tempo, v. 2, p. 36-47, 2009.
TEIXEIRA, S. A.; MELO, J. I. M. Plantas medicinais utilizadas no município de Jupi, Pernambuco, Brasil. Iheringia, Série Botânica, v. 61, n. 1-2, p. 5-11, 2006.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Los autores que publican en esta revista aceptan los siguientes términos:
a) Los autores mantienen los derechos de autor y otorgan a la revista el derecho de primera publicación, estando la obra licenciada simultáneamente bajo la Licencia de Atribución Creative Commons que permite compartir la obra con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
b) Los autores están autorizados a celebrar contratos adicionales por separado, para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (por ejemplo, publicación en un repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en este diario.
c) Se permite y anima a los autores a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal), ya que esto puede aumentar el impacto y las citas del trabajo publicado (consulte El efecto del acceso abierto).