Processo de desertificação e perda de diversidade Biológica no Semiárido Brasileiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.59360/ouricuri.vol14.iedicao-especial-02.a22528

Palavras-chave:

Degradação das Terras Secas, Fauna, Flora

Resumo

O processo de desertificação é a degradação das terras nas regiões áridas, semiáridas e subúmidas secas do planeta decorrentes das características climáticas e/ou práticas antrópicas. Esse processo de degradação das terras é causado em decorrência das ações humanas combinadas com características naturais e climáticas que intensificam a gravidade da. De forma geral, o processo de desertificação é causado por exploração dos recursos naturais, por práticas inadequadas do uso dos solos para produção agrícola e criação de animais (superpastoreio e cultivo excessivo), combinado com modelos de desenvolvimento regionais imediatistas sem o planejamento e gestão dos recursos naturais. Sendo assim, diversos fatores, contribui para desertificação entre os quais, destacam-se: as práticas agrícolas inadequadas, o desmatamento, a infertilidade e a compactação do solo, os processos erosivos, e a salinização. No presente trabalho, discutiu-se as perdas de biodiversidade do bioma Caatinga das áreas atingidas ou em desenvolvimento do processo de desertificação, como também a legislação ambiental que rege a preservação dos recursos ambientais no Brasil. Resultados aponta que diversas espécies de fauna e flora correm sérios riscos advindos da degradação ambiental do bioma Caatinga. Considera-se importante políticas públicas que construam conhecimento sobre a importância ambiental, social e econômica da preservação da Caatinga para reverter a situação de degradação e contribuir com a preservação dos remanescentes. As características climáticas apresentadas na região semiárida brasileira com altas temperaturas, chuvas em curtos espaços de tempo e vegetação esparsa contribui para o processo de degradação dos solos. Tais características juntamente com a exploração das atividades humanas contribui grandemente para as áreas do semiárido brasileiro terem perdas de produtividade ou se tornarem improdutivas. Outras perdas severas são de biodiversidade do bioma em que atinge desde os solos, vegetação e toda a fauna.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Fredson Pereira da Silva, Universidade Federal de Pernambuco-UFPE

Professor Adjunto na Universidade Federal de Pernambuco no Departamento de Ciências Geográficas, DCG, UFPE, campus Recife. Mestre em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental, PPGEcoH, UNEB, campus III. Doutor em Geografia pela Universidade Estadual do Ceará, ProPGeo, UECE.

Francelita Coelho Castro, Instituto Federal da Bahia

Mestra em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental, PPGEcoH, UNEB, campus III. Doutora em Geografia pela Universidade Federal do Ceará, UFC.

Adalberto Gonzaga da Cruz Junior, Faculdade de Petrolina - FACAPE

Doutorando em Geografia plena Universidade Federal de Sergipe, PPGEO,UFS. Mestre em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental, PPGEcoH, UNEB, campus III.

Referências

Accioly, L. J. O. Degradação do solo e desertificação no Nordeste do Brasil. B. Inf. SBCS, 25:1:23-25, 2000.

Brasileiro, R. S. Alternativas de desenvolvimento sustentável no semiárido nordestino: da degradação à conservação. Scientia Plena v. 5, n.5, p. 1-12, 2009.

Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Formando com-vida: construindo Agenda 21 na escola. Brasília: MEC, 2004.

Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, Senado, 1998.

Brasil. Lei Federal 6.938/81. Política Nacional de Meio Ambiente, 1981.

Brasil. Lei n. 13.153/2015. Política Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca. Brasília, DF, 2015.

Brasil. Lei n. 9.605/1988. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências, 1998.

Fernandes, J. D.; Medeiros, A. J. D. Desertificação no Nordeste: uma aproximação sobre o fenômeno do Rio Grande Norte. Holos, n. 25, v. 3, 147-161, 2009.

Leal, I. R.; Silva, J. M. C.; Tabarelli, M.; LachER, T. E. Mudando o curso da conservação da biodiversidade na Caatinga do Nordeste do Brasil. MEGADIVERSIDADE. v. 1, n. 1, p. 139-146, 2005.

Nascimento, J. L., Campos, I. V. Atlas da fauna brasileira ameaçada de extinção em unidades de conservação federais. Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Icmbio, p. 276, 2011.

Queiroz, L. P.; Rapina, A.; Giulietti, A. M. Rumoao Amplo Conhecimento da Biodiversidade do Semi-árido Brasileiro. Brasilia, p. 19-141, 2006.

Souza, B. I.; Menezes, R. Artigas, R. C. Efeitos da desertificação na composição de espécies do bioma Caatinga, Paraíba/Brasil. Investigaciones Geográficas Boletíndel Instituto de Geografía. n. 88, p. 45-59, 2015.

Tabarelli, M.; Leal, I.; Silva, J. M. Ecologia e conservação da caatinga. Recife: UFPE, 2004.

UNCCD. United Nations Convention to Combat Desertification, Intergovernmental Negotiating Committee For a Convention to Combat Desertification: Elaboration of na International Convention to Combat Desertification in Countries Experiencing Serious Drought and/or Desertification, Particularly in Africa. U.N. Doc. A/AC.241/27, 33 I.L.M. 1328. New York: United Nations; 1994.

Downloads

Publicado

2024-12-13

Como Citar

PEREIRA DA SILVA, F.; COELHO CASTRO, F.; GONZAGA DA CRUZ JUNIOR, A. Processo de desertificação e perda de diversidade Biológica no Semiárido Brasileiro . Revista Ouricuri, [S. l.], v. 14, n. edicao-especial-02, p. 03–11, 2024. DOI: 10.59360/ouricuri.vol14.iedicao-especial-02.a22528. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/ouricuri/article/view/22528. Acesso em: 30 dez. 2024.

Edição

Seção

Edição Especial – Encontro de Egressos 2024

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.