Escrevivências de uma mulher Negra da Roça
DOI:
https://doi.org/10.59360/ouricuri.vol13.i2.a18432Palavras-chave:
Escrevivência, mulher negra, Roça, DocênciaResumo
Neste texto, a primeira autora apresenta suas escrevivências como criança e mulher negra da roça. Ela narra as vivências cotidianas de aprendizagens e a construção de saberes transmitidos por suas ancestrais. É possível identificar as perversidades que aparecem no decorrer da narrativa sobre cor, cabelo, estética, ruralidades, fala e costumes que foram atrelados às discriminações. A história entrelaça as aprendizagens na lavoura e na escola da roça e, nesta dinâmica, acontece um movimento de escrita de si (com rememoração e vivências identitárias): a escrita da vida e a vida escrita, uma escrevivência que não é só dela, mas que revela a história de tantas outras mulheres negras das roças do Brasil que, pelas trilhas da vida, encontraram a assunção de si para (re)existir. A narrativa foi construída a partir de uma conversa com intelectuais negras, cujas itinerâncias se conectam com a da primeira autora. Carolina de Jesus, Lélia Gonzalez, Glória Anzaldúa e Conceição Evaristo são as convidadas para esse diálogo. Sem a pretensão de concluir nenhuma das discussões, a primeira autora, como pesquisadora da área de educação e educadora, vive em movimento de aquilombação com professoras(es) de várias localidades do país e, principalmente, do sertão baiano, entrelaçando pertença, semeando acolhimentos, rememorando, narrando, existindo e escrevivendo.
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