PROCESSAMENTO DE POLPA DE LICURI UTILIZANDO COCÇÃO SOLAR EM ALTERNATIVA AOS COMBUSTÍVEIS CONVENCIONAIS

Pedro Henrique Campello SANTOS; Célio Dantas de  SANTANA; Tiago Batista  CERQUEIRA; Fabio del Monte  COCOZZA; Cristiane Domingos da PAZ

doi:10.59360/ouricuri.vol13.i1.a16610

Autores

Pedro Henrique Campello SANTOS Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco – IFPE Campus Garanhuns e doutorando do PPGADT/UNEB. https://orcid.org/0000-0003-1884-1396
Célio Dantas de SANTANA Universidade do Estado da Bahia - UNEB – Campus XXII https://orcid.org/0000-0002-9060-980X
Tiago Batista CERQUEIRA Universidade do Estado da Bahia - UNEB – Discente do PPGADT https://orcid.org/0000-0001-9536-3514
Fabio del Monte COCOZZA Universidade do Estado da Bahia - UNEB – Campus XXII https://orcid.org/0000-0002-5431-9936
Cristiane Domingos da PAZ Universidade do Estado da Bahia - UNEB – Campus III / DTCS https://orcid.org/0000-0003-4191-2631

DOI:

https://doi.org/10.59360/ouricuri.vol13.i1.a16610

Palavras-chave:

Syagrus coronata L.; Caatinga; Energias Renováveis; Desenvolvimento Sustentável.

Resumo

O objetivo deste trabalho é produzir um alimento a partir de um fruto nativo do bioma Caatinga, utilizando cocção solar. Utilizou-se a polpa do fruto maduro do licurizeiro, o Licuri (Syagrus coronata L.) para produção de um doce em massa de licuri maduro utilizando quatro diferentes tipos de cocção: lenha, gás de cozinha, eletricidade e cocção solar através de um concentrador solar tipo Scheffler de 2,7m². Os doces foram caracterizados através das análises: microbiológica, físico-química e sensorial. Os resultados das análises foram submetidos a análises estatísticas e teste de Tukey com 5% de significância. Foram medidos também o tempo, temperatura e custos para produção de 1kg. A cocção à lenha obteve o menor tempo 82 min, seguido da cocção elétrica 148 min, GLP 186 min e solar 212 min. Com relação à temperatura máxima em cada cocção, foram: lenha 119°C, GLP 84°C, eletricidade 92°C e solar 91°C. Os custos de cada cocção foram: lenha 0,19US$, GLP 1,34US$, elétrica 0,95US$ e solar 0,0US$. Com relação às análises microbiológicas todos os doces ficaram dentro do padrão exigido pela Instrução normativa da Anvisa nº 161/2022. O doce produzido com lenha obteve menor umidade (8,57%) e maior SST (63,68°Brix) em virtude da alta temperatura de cocção. A acidez total (ATT) e pH foram semelhantes entre os doces, variando entre 1,43 e 1,68% para ATT e 4,02 e 4,09 para o pH. O doce produzido com eletricidade obteve maior valor para vitamina C (4,82mg/100ml). Com relação à análise sensorial todos os doces obtiveram a maioria das respostas na região da aceitação (“gostei” e “gostei muito”) com destaque para os doces produzidos com eletricidade e gás, seguidos por lenha e solar. A formulação do doce em massa de licuri maduro produzido neste trabalho encontra-se protegida pelo nº do Processo: BR 10 2022 022582 6 do INPI.

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Biografia do Autor

Pedro Henrique Campello SANTOS, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco – IFPE Campus Garanhuns e doutorando do PPGADT/UNEB.

Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE). Doutorando em Agroecologia e Desenvolvimento Territorial (Uneb) com previsão de término em 2023. Mestrado em Engenharia de Processos e Graduação em Engenharia Ambiental pela Universidade Tiradentes (UNIT). Áreas de interesse: Energias Renováveis, Agroecologia e Desenvolvimento Territorial.

Célio Dantas de SANTANA, Universidade do Estado da Bahia - UNEB – Campus XXII

Discente de Engenharia Agronômica pela Universidade do Estado da Bahia - UNEB. Participou como bolsista PIBITI do projeto de pesquisa "Licuri: Avaliação de técnicas de produção de mudas e formas de processamento de frutos visando a produção de alimentos agroecológicos" (2020-2021) sob supervisão do Prof. Dr. Fabio Del Monte Cocozza. Atualmente é bolsista PIBITI do projeto de Pesquisa "Licuri: biofertilizantes líquidos na produção de mudas e utilização de um concentrador solar tipo Scheffer no processamento da polpa", coordenado pelo Prof. Dr. Fabio Del Monte Cocozza.

Tiago Batista CERQUEIRA, Universidade do Estado da Bahia - UNEB – Discente do PPGADT

Doutorando no Programa de Pós Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Territorial (PPGADT) pelo convênio ente UNEB, UNIVASF e UFRPE; Mestre em Gestão Ambiental pelo IFPE; especializado em Direito Ambiental pela UNINTER; e graduado em Gestão Ambiental pelo IFAL.

Fabio del Monte COCOZZA, Universidade do Estado da Bahia - UNEB – Campus XXII

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Lavras (1994), mestrado em Ciências dos Alimentos pela Universidade Federal de Lavras (1997) e doutorado em Engenharia Agrícola na linha de pesquisa em Tecnologia Pós-colheita do Programa de Doutorado em Engenharia Agrícola pela Universidade Estadual de Campinas (2003). Realizou seu pós-doutorado na Universidade Politécnica de Cartagena (UPCT), Espanha, sob supervisão do Prof. Dr. Francisco Artés Calero pelo Programa Ciências sem Fronteiras e na Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB) sob supervisão da Profa. Dra. Ana Maria Mapeli pelo PNPD/CAPES com enfase em Tecnologias bioinovadoras promissoras na produção de alimentos saudáveis de origem vegetal (2013-2015). É professor da Universidade do Estado da Bahia, desde 2005. Coordenou Laboratório e Viveiro de Sementes do Bioma Cerrado com experiência científica em produção de espécies nativas do Bioma Cerrado (2008-2014) e Laboratório de Processamento e Armazenamento de Produtos Vegetais (2015-2019). Atua como professor Titular, principalmente nos seguintes temas: agroindústria rural familiar, agroextrativismo, uso energias renováveis no processamento e análise sensorial de alimentos agroecológicos e orgânicos com orientação inclusive de alunos de iniciação cientifica e trabalhos de conclusão de curso em Ciências Agrárias e Biológicas. Ministra os componentes (Biodiversidade de Alimentos no Semiárido) e (Educacão e Sustentabilidade Alimentar no Cerrado) em cursos de especialização da UNEB. A partir de 2019, participa no polo UNEB, como professor permanente do Programa de Doutorado Interdisciplinar Profissional Agroecologia e Desenvolvimento Territorial - www.ppgadt.univasf.edu.br com sede na Univasf associado ao polo UFRPE. Lidera grupo de pesquisa no CNPq em Tecnologia e produção Agroecológica no Semiárido.

Cristiane Domingos da PAZ, Universidade do Estado da Bahia - UNEB – Campus III / DTCS

Possui graduação em Licenciatura Em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Pernambuco (1983), graduação em Bacharelado Em Ciências Biológicas pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1982), mestrado em Fitossanidade pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1989) e doutorado em Plant Pathology - Auburn University (2004). Atualmente é professor titular da Universidade do Estado da Bahia. Tem experiência na área de Biologia, com ênfase em Microbiologia, atuando principalmente nos seguintes temas: controle biológico e bactérias promotoras de crescimento de plantas.