Por uma prática de leitura literária antirracista e afro-brasileira
DOI :
https://doi.org/10.30620/gz.v12n2.p163Mots-clés :
Recepção literária. Abordagem social-identitária. Conceição Evaristo.Résumé
Partindo da temática afro-brasileira, o presente artigo propõe uma prática de leitura antirracista do conto “Regina Anastácia” da coletânea Insubmissas lágrimas de mulheres (2011), de Conceição Evaristo. Metodologicamente, serão revisitadas as discussões sobre o lugar social do/a leitor/a no processo de decodificação do texto literário conforme S. Hall e B. Street e sobre a concepção social-identitária segundo R. Cosson e C. Gomes. Quanto às marcas da literatura afro-brasileira e de uma pedagogia antirracista, seguiremos as orientações de E. Duarte, N. Gomes, S. Carneiro, entre outros/as. Nossa proposta articula a mediação literária voltada tanto para explorar as pistas estéticas e culturais do texto como para a identificação do/a leitor/a com as questões afro-brasileiras que envolvem o processo de criação literária.
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