Mídias, discursos e representações
a África a partir do cinema hollywoodiano
DOI:
https://doi.org/10.30620/gz.v5n2.p173Palabras clave:
África, Cinema, Representações, Mídias, DiscursosResumen
O presente artigo tem como objetivo discorrer sobre as representações do continente africano, baseadas em estereotipias existentes em três narrativas fílmicas: O Congo, O Espírito da Selva e Madagascar I. Nas análises observa-se a existência de representações sobre o continente africano e seus habitantes que não levam em conta as multiplicidades e diferenças existentes nos mais variados povos que habitam este continente. Estes filmes consagram, em geral, certezas cristalizadas sobre o continente africano, ora naturalizando a violência e a fome, ora apostando nos clichês da violência, guerras, doenças, desordem e ausência de valores civilizatórios. Percebe-se então, que a indústria cinematográfica reitera valores eurocêntricos para representar o continente africano sob a marca do homogêneo. Este trabalho analisa estas representações, cotejando-as com bibliografia existente sobre a história do continente africano, como também procura discutir as concepções existentes nas representações que marcam a África e seus habitantes como sendo um “lugar” diferente dos demais, qual seja, um “lugar” de seres desprovidos de racionalidade, sentido histórico e cultural.
[Recebido: 05 de jul de 2016 – Aceito: 09 de nov de 2016]
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