Currículo e judicialização na modernidade: fundamentos históricos em relação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2020.v29.n58.p326-343

Resumo

Como instrumento dileto para massificar a escola, o currículo emerge a serviço de uma forma de controle social sustentada na classificação e pasteurização dos conteúdos, com a função precípua de ensinar hierarquia e obediência a partir de um padrão de verdade. Ensinamentos imprescindíveis para a ordem jurídica liberal, sustentada no reconhecimento da verdade única, subjetivada como premissa à civilização. Uma tecnologia pedagógica que opera por meio de instrumentos (tais quais o currículo), que têm como efeito uma produção subjetiva que aciona procedimentos entendidos como externos e superiores aos profissionais, invisibilizando os efeitos de mutilação do pensamento próprios às práticas judicializadas. A grande conexão que a instituição escolar estabelece não é, portanto, com o saber ou o conhecimento, mas distribuindo a fatalidade de destinos sociais no interior de uma pirâmide cuja manutenção vai justificandose pela sua correspondência com a realidade da meritocracia.

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Como Citar

Ó, J. R. do; SCHEINVAR, E. Currículo e judicialização na modernidade: fundamentos históricos em relação. Revista da FAEEBA - Educação e Contemporaneidade, [S. l.], v. 29, n. 58, p. 326–343, 2020. DOI: 10.21879/faeeba2358-0194.2020.v29.n58.p326-343. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/faeeba/article/view/9045. Acesso em: 21 dez. 2024.