IDENTIDADE, RELAÇÃO E CONTEXTO: UMA RELEITURA EPISTEMOLÓGICA DOS MÉTODOS BIOGRÁFICOS 1
DOI:
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2013.v22.n40.p105-117Palavras-chave:
Autobiografia, Identidade, Relação, Pesquisa cooperativaResumo
Este artigo desenvolve algumas ideias teóricas, epistemológicas e metodológicas sobre os métodos biograficamente orientados na pesquisa sobre educação de adultos, numa perspectiva sistêmica e construtivista. O objetivo é criar uma estrutura para compreender os pressupostos básicos da pesquisa baseada nesses métodos, colocando no ponto central a procura de identidade, que é interpretada aqui como incorporada, relacional/de conversação e contextual. Formação e identidade estão intimamente interligadas; na verdade podemos ler a ontogenia (o processo de desenvolvimento da própria identidade durante toda a vida) como um processo de aprendizagem. No entanto, isso significa também que os outros estão envolvidos: as narrativas biográficas são coconstruídas. É possível ler a pesquisa através das lentes de diversas metáforas: como a descrição de uma trajetória ou como o desdobrar-se de um caminho; aqui, outras duas metáforas que se propõem para interpretar a pesquisa são o “pacto” e o “olhar”. Ambos envolvem uma reciprocidade. Do ponto de vista metodológico, vários pesquisadores (em coerência com seus pertencimentos disciplinares e paradigmáticos) enfrentam esse problema de diversos modos, variando da utilização maciça de reflexividade pessoal, até o pleno envolvimento dos participantes em uma pesquisa cooperativa.
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Atualizado em 15/07/2017