"Continuidade" e "descontinuidade": o processo da construção do conhecimento científico na história da ciência.
DOI:
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2013.v22.n39.p%25pResumo
Historiadores da ciência e educadores têm apresentado propostas que procuram aproximar história da ciência do ensino de ciência há algum tempo. Essas propostas enfatizam aspectos formais da ciência moderna, dedicando pouca atenção para o processo da construção do conhecimento científico. Desse modo, tem-se valorizado as epistemologias baseadas na ideia de ruptura, tais como as epistemologias de Gaston Bachelard e de Thomas Kuhn. Para muitos educadores, as noções de “obstáculo epistemológico” de Bachelard e de “mudança de paradigma” de Kuhn parecem romper com a visão linear e progressista do desenvolvimento do conhecimento científico.Dessa forma, educadores têm buscado pautar suas propostas em teses descontinuístas sem levar em consideração de que elas próprias são resultados de uma forma de pensar o mundo, e foram elaboradas e instituídas frente ao conhecimento científico de uma época. Assim, mais do que pautar a aproximação da história do ensino em aspectos formais, o autor propõe neste artigo uma abordagem contextualizada, pautada em tendências historiográficas mais atualizadas. Especial atenção é dada ao contexto em que as epistemologias de Bachelard e de Kuhn foram elaboradas.Downloads
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Atualizado em 15/07/2017