Conservadorismo e (neo)positivismo na educação brasileira: o Movimento Escola Sem Partido
DOI :
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2020.v29.n58.p67-77Résumé
O texto analisa o Movimento Escola sem Partido a partir de seus fundamentos epistemológicos, políticos e ideológicos, entendidos como dimensões articuladas de um pensamento de caráter autoritário e conservador, que pretende, a despeito de combater a “doutrinação ideológica”, extirpar toda e qualquer possibilidade de uma educação crítica e emancipadora, instituindo um pensamento único na escola. O revigoramento das ideias sobre a suposta imparcialidade do conhecimento expressa uma concepção política conservadora, que visa eliminar a contradição e o movimento da realidade e sua possibilidade de apreensão pela ciência e de transmissão pela escola, advogando que os professores devem se abster de polêmicas e debates e se ater à função de instruir, reservando às famílias a função de educar. Tal movimento é problemático, na medida em que reduz a autonomia do professor e nega a este a tarefa de educar.Trata-se de um estudo exploratório, de caráter analítico, baseado no método histórico-dialético, fundamentado em categorias filosóficas que visam a melhor apreensão do fenômeno na sua materialidade histórica.
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Atualizado em 15/07/2017