IDENTIDADE E FORMAÇÃO DOCENTE: METAMORFOSES DE UMA GUERREIRA
DOI :
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2020.v29.n57.p175-189Mots-clés :
Identidade, Formação de professores, Educação básicaRésumé
Pensar sobre a constituição da identidade docente exige entender este processo como histórico, social e cultural, ao mesmo tempo, que é singular, trilhado por escolhas, ações, intenções, sentimentos e vivências. Este escrito tem por objetivo compreender o processo de constituição identitária de uma professora da Educação Básica na relação com a formação continuada. A pesquisa, de natureza qualitativa, buscou conhecer os movimentos identitários da professora, com apoio nas narrativas de história de vida.1 Mediada pela objetividade do mundo material e pelas relações que estabeleceu, a professora se subjetivou e se constituiu docente, vivenciando neste percurso, principalmente, a personagem “guerreira”. O estudo aponta para a necessidade de olhar para as histórias singulares, respeitando as particularidades e a universalidade, entendendo que, como seres de interação, os professores estão inseridos em contextos concretos, constituindo-se de modo permanente.
Téléchargements
Références
AFANASIEV, V. Fundamentos de Filosofia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.
AGUIAR, W. M. J.; BOCK, A. M. B. Apreensão dos sentidos: a busca do método. In: MAGALHÃES, M. C. C.; FIDALGO, S. S. (org.). Questões de método e de linguagem na formação docente. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2011. p. 149-161.
BOSI, E. Memória e sociedade – lembranças de velhos. São Paulo: Cia das Letras, 1995.
BOSI, E. O tempo vivo da memória: ensaios de Psicologia Social. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.
CARVALHO, M. V. C. Histórias de ser e fazer-se educador: desvelando a identidade do professor universitário e suas possibilidades emancipatórias. 2004. 284 f. Tese (Doutorado em Educação) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), São Paulo, 2004.
CHIZZOTTI, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2003.
CIAMPA, A. da C. A estória do Severino e a história da Severina. São Paulo: Brasiliense, 2000.
CUNHA, M. I. da. Conta-me agora! As narrativas como alternativas pedagógicas na pesquisa e no ensino. Revista da Faculdade de Educação de São Paulo, v. 23, n. 1-2, 1997.
FARIAS, I. M. S. de. Inovação, mudança e cultura docente. Brasília, DF: Liber Livro, 2006.
FARIAS, I. M. S. de. Inovação e mudança: implicações sobre a cultura dos professores. 2002. 260 f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, 2002.
FERRAROTI, F. Sobre a autonomia do método biográfico. In: NÓVOA, A.; FINGER, M. (org.). O método (auto) biográfico e a formação. Lisboa: MS/DRHS/CFAP, 1988. p. 37-50.
FREIRE, P. Conscientização: teoria e prática da libertação – uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. 3. ed. São Paulo: Cortez & Moraes, 1980.
GAULEJAC, V. de. La societé malade de la gestion: idéologie gestionnaire, pourvoir anagérial e harcèlement social. Paris: Seuil, 2005.
GONÇALVES NETO, J. U.; LIMA, A. F. A história de Maria. Psicología, conocimiento y sociedad, n. 3, p. 30-51, 2011.
LIMA, A. F. Metamorfose, anamorfose e reconhecimento perverso: a identidade na perspectiva da Psicologia Social Crítica. São Paulo: FAPESP/EDUC, 2010.
LIMA, A. F. Metodologias de pesquisa em Psicologia Social Crítica. Porto Alegre: Sulina, 2014.
NÓVOA, A. Os professores e as histórias da sua vida. In: NÓVOA, A. (org.). Vidas de professores. 2. ed. Porto: Porto Editora, 2000. p. 11-30.
PINO, A. O social e o cultural na obra de Vigotski. Educação e Sociedade, v. 21, n. 71, p. 45-78, 2000.
QUEIROZ, M. I. P. Relatos orais: do “indizível” ao “dizível”. In: QUEIROZ, M. I. P. Et al (org.). Experimentos com histórias de vida (Itália-Brasil). São Paulo: Vértice, 1988. p. 14-43.
SOARES, J. R.; AGUIAR, W. M. J. de. Movimentos de reflexão e possibilidades de mudança do professor na atividade de sala de aula. In: CASTRO, M. R. (org.). Investigação do trabalho docente: sujeitos e percursos. Rio de Janeiro: Caetés, 2012. p. 83-105.
VYGOSTKY, L. S. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
O encaminhamento dos textos para a revista implica a autorização para a publicação.
A aceitação para a publicação implica na cessão de direitos de primeira publicação para a revista.
Os direitos autorais permanecem com os autores.
Após a primeira publicação, os autores têm autorização para a divulgação do trabalho por outros meios (ex.: repositório institucional ou capítulo de livro), desde que citada a fonte completa.
Os autores dos textos assumem que são autores de todo o conteúdo fornecido na submissão e que possuem autorização para uso de conteúdo protegido por direitos autorais reproduzido em sua submissão.
Atualizado em 15/07/2017