Educação permanente em saúde na estratégia saúde da família: reflexões a partir do existencialismo e da educação libertadora
DOI:
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2017.v26.n50.p255-272Palabras clave:
Educação permanente em saúde, Estratégia Saúde da Família, Liberdade, Educação libertadoraResumen
O texto problematiza a educação permanente dos profissionais da saúde da Estratégia Saúde da Família (ESF) a partir do entendimento de educação permanente de Emerson Elias Merhy, Laura Feuerwerker e Ricardo Ceccim, da concepção filosófica/psicológica existencialista de Jean-Paul Sartre e da teoria educativa libertadora de Paulo Freire.Debate a questão: em que medida a formação em serviço dos profissionais de saúde da ESF possibilita sua viabilização enquanto pessoas críticas, autoras de suas práticas no seu processo de trabalho? Os dados empíricos foram gerados em uma pesquisa de abordagem qualitativa, a partir de entrevistas semiestruturadas com 09 enfermeiras e 17 técnicas de enfermagem de 10 ESF do município de Criciúma, sul do estado de Santa Catarina. A formação oferecida é pontual, com assuntos voltados para atualização ou para facilitar o cumprimento das metas estabelecidas. Existe espaço para discussão,mas como manifestação de dúvidas e trocas de experiências, sem que esteja presente o elemento da reflexão crítica sobre o cotidiano do trabalho realizado. Tampouco é problematizada a lógica empresarial que invade o campo da saúde pública. Esta formação não viabiliza a constituição de pessoas críticas, constituindo-se em uma educação continuada, de características bancárias, e na alienação da liberdade.
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Atualizado em 15/07/2017