A ontologia humana enquanto referência para uma educação popular emancipatória

Autores

  • Luciano Sérgio Ventin Bomfim Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

DOI:

https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2015.v24.n43.p107-120

Palavras-chave:

Ontologia humana. Princípio educacional. Educação. Subjetividade.

Resumo

Este ensaio partiu de uma questão aparentemente resolvida, qual seja, a de que todos têm clareza do que seja o ser humano, já que os textos educacionais raramente colocam em questão a necessidade de fazer este esclarecimento. O objetivo deste ensaio é explicitar a assunção dos atributos humanos em Marx enquanto princípios didáticopedagógicos na perspectiva de uma concepção de Educação Popular emancipatória.
Partimos da tese de que a assunção da ontologia humana como pilar para se desenvolver e afirmar as diversas referências identitárias livra o ser humano da possibilidade de reproduzir em sua práxis social a lógica reificante do Capital. Assumir a ontologia humana como referência para o estabelecimento de uma práxis social e educacional emancipatória implica na assunção dos atributos humanos como princípios didáticopedagógicos, quais sejam, o trabalho, a consciência, a universalidade, a sociabilidade e a liberdade. Esta decisão exigirá uma atitude de reconhecimento humano do educando, bem como do acolhimento de suas referências identitárias e modos de interpretar o real como necessários e legítimos à formação humana do educando e de si mesmo.

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Biografia do Autor

Luciano Sérgio Ventin Bomfim, Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

Doutor em filosofia pela Universidade de Kassel (GHK) – Alemanha. Professor Adjunto B do Departamento de Educação da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), em disponibilidade para o Departamento de Tecnologias e Ciências Sociais do Campus III da UNEB.

Referências

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Publicado

2015-06-19

Como Citar

BOMFIM, L. S. V. A ontologia humana enquanto referência para uma educação popular emancipatória. Revista da FAEEBA - Educação e Contemporaneidade, [S. l.], v. 24, n. 43, p. 107–120, 2015. DOI: 10.21879/faeeba2358-0194.2015.v24.n43.p107-120. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/faeeba/article/view/1312. Acesso em: 28 mar. 2024.