Que fim levaram todas as cores?
As imagens que uma política pública conta para nós
DOI:
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2021.v30.n62.p152-166Palabras clave:
Conta pra Mim, Literatura Infantil, Política Pública Educacional, Relações étinco-raciaisResumen
Este artículo analiza el tratamiento dado a las ilustraciones del programa gubernamental Conta pra Mim (2020). Presenta los avances inherentes a la literatura infantil en la dimensión de las relaciones étnico-raciales, además de exponer el contexto histórico de implementación de esta política pública. A partir del aporte de Vigotski, recurre a los conceptos de imaginación y creatividad y elige como corpus analítico dos ilustraciones circunscritas en la categoría de “libros de ficción” presentes en la colección del programa. Sostiene que la política gubernamental actual ignora los avances en el campo de la literatura infantil y las discusiones y luchas inherentes a la educación para las relaciones étnico-raciales, a través de una política de blanqueamiento. Concluye que tal intento constituye un obstáculo para la imaginación, la creación y la fantasía y proporciona un gran servicio al mantenimiento de un imaginario social basado en estándares eurocéntricos hegemónicos
Descargas
Citas
ARAUJO, Débora Cristina de. As relações étnico-raciais na Literatura Infantil e Juvenil: o estado da arte. Educar em Revista, v. 34, n. 69, p. 61-76, 2018.
ARAUJO, Débora Cristina de. Literatura infanto-juvenil e política educacional: estratégias de racialização no Programa Nacional de Biblioteca da Escola (PNBE). Tese de Doutorado. Universidade Federal do Paraná, 2015.
BARBOSA, Ana Mae. Tópicos Utópicos. Belo Horizonte: C/Arte, 1998.
BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo: fatos e mitos. Tradução de Sérgio Milliet. 4. ed. São Paulo: Difusão Europeia do livro, 1970.
BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. 36. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2018. p. 169-178.
BONIN, Iara Tatiana. Representações da criança na literatura de autoria indígena. Estudos de literatura brasileira contemporânea, n. 46, p. 21-47, 2015.
BRASIL. Decreto Nª 9.765, de 11 de abril de 2019. Institui a Política Nacional de Alfabetização. Brasília: Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos. 2019a. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D9765.htm>. Acesso em: 3 ago. 2019.
BRASIL. Decreto nº 9930, de 23 de julho de 2019. Altera o Decreto nº 7.559, de 1º de setembro de 2011, que dispõe sobre o Plano Nacional do Livro e Leitura. Decreto Nº 9.930, de 23 de Julho de 2019. Brasília, DF, 24 jul. 2019. 2019c. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/decreto/D9930.htm>. Acesso em: 24 jul. 2019.
BRASIL. Emenda Constitucional nº 95, de 15 de dezembro de 2016. Altera o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para instituir o Novo Regime Fiscal, e dá outras providências. Emenda Constitucional Nº 95, de 15 de Dezembro de 2016. Brasília, DF, 15 dez. 2016. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc95.htm>. Acesso em: 20 nov. 2018.
BRASIL. Lei nº 13.964, de 24 de dezembro de 2019. Aperfeiçoa a legislação penal e processual penal. Brasília, 24 de dezembro de 2019. 2019e. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm>. Acesso em: 3 fev. 2021.
BRASIL. Medida Provisória n° 886, de 2019. Altera a Lei nº 13.844, de 18 junho de 2019, a Lei nº 8.171, de 17 de janeiro de 1991, a Lei nº 12.897, de 18 de dezembro de 2013, a Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998, e a Lei nº 13.334, de 13 de setembro de 2016, para dispor sobre a organização básica dos órgãos da Presidência da República e dos Ministérios. 2019d. Disponível em: < https://www.congressonacional.leg.br/materias/medidas-provisorias/-/mpv/137363>. Acesso em: 3 fev. 2021.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretária de Alfabetização. A lenda da Vitória Régia. Brasília: MEC, SEALF, 2020b.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretária de Alfabetização. A princesa e a Ervilha. Brasília: MEC, SEALF, 2020c.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Alfabetização. Conta pra Mim: guia de literacia familiar. Brasília: MEC, SEALF, 2019b.
BRASIL. Portaria 421 de 23 de abril de 2020. Institui o Conta pra Mim, programa de literacia familiar do Governo Federal. Brasília: Ministério da Educação. 2020a. Disponível em: <https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-421-de-23-de-abril-de-2020-253758595>. Acesso em: 3 jul 2020.
CHAVES, Priscila Monteiro; KOEHLER, Andressa Dias. Negar a leitura literária hoje pra conter a organização política amanhã: formação estética para quem?. Revista Diálogo Educacional, v. 21, n. 68, 2021.
COLASANTI, M. Não conta pra mim. Marina Colasanti. Out. 2020. Disponível em: https://www.marinacolasanti.com/2020/10/nao-conta-pra-mim.html?m=1. Acesso em: 12. nov. 2020.
CORSARO, William. A. Sociologia da Infância. Porto Alegre: Artmed, 2011.
COSTA, Anna Maria Ribeiro F.M.; COENGA, Rosemar Eurico. A literatura infantil e juvenil indígena brasileira contemporânea: uma leitura da obra Irakisu: o menino criador, de Renê Kithãulu. Contexto-Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras, n. 28, 2015.
COSTA, Ricardo Cesar Rocha da. O pensamento social brasileiro e a questão racial: da ideologia do “branqueamento” às “divisões perigosas”. Claudia Miranda Mônica Regina Ferreira Lins Ricardo Cesar Rocha da Costa (Org). Relações étnico-raciais na escola: desafios teóricos e práticas pedagógicas após a Lei, n. 10.639, p. 28-39, 2011.
DOMINGUES, Petrônio José. Negros de almas brancas? A ideologia do branqueamento no interior da comunidade negra em São Paulo, 1915-1930. Estudos afro-asiáticos, v. 24, n. 3, p. 563-600, 2002.
GOMBRICH, Ernst Hams. A história da arte. Tradução: Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: LCT, 2015.
GOMES, Nilma Lino; LABORNE, Ana Amélia de Paula. Pedagogia da crueldade: racismo e extermínio da juventude negra. Educação em Revista, v. 34, 2018.
GOUVÊA, Maria Cristina Soares de. Imagens do negro na literatura infantil brasileira: análise historiográfica. Educação e pesquisa, v. 31, n. 1, p. 79-91, 2005.
HAUFBAUER, Andreas. Ideologia do Branqueamento: Racismo à brasileira. In: Atas do VI Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais. Porto. 2000.
HOFBAUER, Andreas. Conceito de "Raça" e o Ideário de" Branqueamento" no Século XIX. Teoria & Pesquisa: Revista de Ciência Política, v. 1, n. 42, 2003.
KILOMBA, Grata. Prefácio. In: FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Tradução de Sebastião Nascimento, colaboração Raquel Camargo. São Paulo: Editora Ubu. 2020.
KRAUSER, Bruna Oliveira; ENGELMANN, Fernanda; HAUSER, Ester Eliana. Os impactos do pacote anticrime (lei 13.964/19) no processo de execução de penas privativas de liberdade no Brasil. Revista da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul, n. 26, p. 218-239, 2020.
KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
LAJOLO, Marisa; ZILBERMAN, Regina. Literatura infantil brasileira: História e Histórias. 6. ed. São Paulo: Ática, 2007.
LIMA, Marcus Eugênio Oliveira; FARO, André; SANTOS, Mayara Rodrigues dos. A desumanização presente nos estereótipos de índios e ciganos. Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 32, n. 1, p. 219-228, 2016.
MAIA, Kenia Soares; ZAMORA, Maria Helena Navas. O Brasil e a lógica racial: do branqueamento à produção de subjetividade do racismo. Psicologia Clínica, v. 30, n. 2, p. 265-286, 2018.
MARTINS, Lígia Márcia. Contribuições da psicologia histórico-cultural para a pedagogia histórico-crítica. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 13, n. 52, p. 286–300, 2013. DOI: 10.20396/rho.v13i52.8640243.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (MEC). Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão. Apresentação. 2018. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/secretaria-de-educacao-continuada-alfabetizacao-diversidade-e-inclusao/apresentacao>. Acesso em: 18 mar. 2019.
MUNANGA, Kabengele. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional versus identidade negra. 3. Ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2008.
OLIVEIRA, M. A. de J. Personagens Negros na Literatura Infanto-Juvenil no Brasil e em Moçambique (2000-2007): entrelaçadas vozes tecendo negritudes. 2010. Tese (Doutorado em Letras) - Universidade Federal da Paraíba, 2010.
PAIXÃO, Marcelo; GOMES, Flávio. Razões afirmativas: pós-emancipação, pensamento social e a construção das assimetrias raciais no Brasil. In: MANDARINO, Ana Cristina de Souza; GOMBERG, Estélio. Racismos: olhares plurais. Salvador: EDUFBA, 2010.
PRATES, Jane Cruz. Refrações da crise sanitária, econômica e política no Brasil. Textos & Contextos (Porto Alegre), v. 19, n. 1, p. e38839-e38839, 2020.
SAMPAIO, Simone Sobral; MENEGHETTI, Gustavo. Entre a vida e a morte: Estado, racismo e a “pandemia do extermínio” no Brasil. Revista Katálysis, v. 23, n. 3, p. 635-647, 2020.
SANTOS, Sérgio Pereira dos. Os “Intrusos” e os “Outros” Oxigenando a Universidade: por uma relação articulada entre raça e classe nas ações afirmativas. Simbiótica. Revista Eletrônica, v. 2, n. 1, p. 106-126, 2015.
SAVIANI, Dermeval. Crise estrutural, conjuntura nacional, coronavirus e educação–o desmonte da educação nacional. Revista Exitus, v. 10, p. e020063-e020063, 2020b.
SAVIANI, Dermeval. Políticas educacionais em tempos de golpe: retrocessos e formas de resistência. Roteiro, v. 45, p. 1-18, 2020a.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. Sobre o autoritarismo brasileiro. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
SILVA, Santuza Amorim da; FREITAS, Daniela Amaral Silva. Representações dos negros na literatura infantil e juvenil. Revista de Educação PUC-Campinas, v. 21, n. 3, p. 311-322, 2016.
SILVEIRA, Rosa Hessel et al. A diferença na literatura infantil: narrativas e leituras. São Paulo: Moderna, 2012.
VIGOTSKI, Lev, S. Psicologia Pedagógica. Tradução de Paulo Bezerra. Martins Fontes, 2010.
VIGOTSKI. Lev. S. Imaginação e criatividade na infância. Tradução de João Pedro Fróis. São Paulo: Editora WMF, 2014.
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
O encaminhamento dos textos para a revista implica a autorização para a publicação.
A aceitação para a publicação implica na cessão de direitos de primeira publicação para a revista.
Os direitos autorais permanecem com os autores.
Após a primeira publicação, os autores têm autorização para a divulgação do trabalho por outros meios (ex.: repositório institucional ou capítulo de livro), desde que citada a fonte completa.
Os autores dos textos assumem que são autores de todo o conteúdo fornecido na submissão e que possuem autorização para uso de conteúdo protegido por direitos autorais reproduzido em sua submissão.
Atualizado em 15/07/2017