Reflexões sobre a “epidemia” de depressão em adolescentes e jovens adultos à luz da relação entre a psicanálise e a política
DOI:
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2020.v29.n60.p42-53Palabras clave:
Transtorno depressivo, Psicanálise, Política, Subjetivação políticaResumen
El artículo tiene como objetivo reflexionar sobre los impactos de uno de los ejes de la neurocultura, que es la medicalización de adolescentes y jóvenes. Discute críticamente el diagnóstico médico del Trastorno Depresivo, desde la perspectiva de la relación entre psicoanálisis y política, y discute el problema de la depresión en lo contemporáneo como síntoma social. Presenta una viñeta clínica para ilustrar esta discusión y concluye resaltando la importancia de un reposicionamiento discursivo de la escuela a través de procesos de subjetivación política frente a la lógica adaptativa neoliberal, ampliamente arraigada en estas instituciones.
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Atualizado em 15/07/2017